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“Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo” pode trazer grandes novidades, mas acerta ao entrega um roteiro mais trabalhado e uma crível história de sequência.


Dez anos atrás, a adaptação cinematográfica da peça Mamma Mia (2008) entrava em cartaz. Contando com atuações de Meryl Streep, Amanda Seyfried, Colin FirthPierce BrosnanStellan Skarsgård, Dominic CooperJulie Walters e Christine Baranski, o musical gerou ampla repercussão, sendo bem sucedido comercialmente e com uma resposta divida da crítica especializada. Com uma boa reposta na bilheteria e com o público cada vez mais apaixonado com o filme, uma sequência foi anunciada em maio de 2017. Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo estreou no início de agosto nos cinemas brasileiros, com o retorno de todo o elenco e, de brinde, a participação da atriz e cantora Cher, longe das telonas desde 2010, quando estrelou Burlesque.

Se no primeiro filme o espectador acompanha os preparativos para o casamento de Sophie (Amanda Seyfried), na continuação o evento da vez, também organizado pela jovem, é a reinauguração do hotel de Donna, nome dado em homenagem a mãe (Streep). Também, assim como o primeiro, é claro, as canções do grupo ABBA voltam a dar continuidade narrativa à trama. Com diversas novas músicas do repertório da banda sueca (algumas famosas e outras mais desconhecidas), Lá Vamos Nós De Novo escolhe reinterpretar algumas já presente no primeiro filme, o que desagradou parte da crítica – mas, convenhamos, é difícil se cansar de Dancing Queen ou Mamma Mia, não é mesmo? No Reino Unido, antes da estreia do longa, a trilha sonora já liderava as listas de vendas.

Em Mamma Mia 2, conhecemos mais sobre o passado de Donna. A versão jovem da personagem é interpretada por Lily James, que protagonizou Cinderela (2015) e participou da série Downton Abbey. Sua atuação é mais do que satisfatória, capturando todo o espírito de Donna e entregando tudo aquilo que o público esperava de sua versão jovem-adulta: independente e sonhadora. Com tantos positivos e uma voz angelical, é difícil não mergulhar na história do passado da personagem e se divertir e emocionar com sua trajetória, a “polêmica” dos três pais de Sophie e o processo de decidir em tornar a pequena ilha de Kalokairi, na Grécia, seu lar permanente.

A atriz, que também estrela o longa A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata (2018)disponível na Netflix, afirmou ter chorado ao conhecer Meryl Streep e ser uma grande fã de Mamma Mia (musical e filme). “Sou tão fã do musical, vi tantas vezes quando eu era mais nova… e amei o filme também. Acho que capturou o espírito da peça, o que é muito difícil de se fazer — manter a essência e a atmosfera”, disse em entrevista.

No longa, não só Donna ganha uma contraparte jovem. Explorando do passado da protagonista, quando ela decide viajar o mundo para poder se encontrar, Lá Vamos Nós de Novo também agracia o seu público com os outros 2/3 das Dínamos e, claro, os pais de Sophie no início da vida adulta, fazendo um casting absurdamente certeiro, com contrapartes idênticas às suas “versões originais”. Rosie, que no primeiro é interpretada por Walters, fica sob responsabilidade de Alexa Davies, enquanto Jessica Keenan Wynn é a jovem Tanya (Baranski). No lado masculino, Harry (Firth) fica a cargo de Hugh SkinnerJosh Dylan é Bill (Skarsgård) e Jeremy Irvine é Sam (Brosnan).

Da esquerda para a direita, os personagens de Mamma Mia 2: Ruby, Sky, Tanya, Rosie, Harry, Bill, Sam, Donna, Sophie, Donna, Sam, Bill, Harry, Tanya, Rosie e Sr. Cienfuegos

Quando comparado ao seu antecessor, o filme pode não apresentar grandes novidades, mas conta com um roteiro melhor trabalhado. Com exceção da crise entre Sophie e Sky (Cooper), que é mal desenvolvida e solucionada de forma muito simplista, o longa apresenta bons arcos. A presença da icônica Cher, como a distante avó, é sem dúvidas um acerto, mas, por conta do pouco tempo de tela, fica a sensação de que a cantora é apenas uma participação especial para satisfazer os fãs.

Ao assistir Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo, o espectador pode se preparar para se apaixonar ainda mais pelos personagens e se encantar com as paisagens estonteantes (dessa vez, o longa foi filmado em Vis, uma ilha da Croácia), em meio a músicas divertidas, que se encaixam perfeitamente no roteiro e causam diversos tipos de emoção ao longo das quase 2h de filme. A apresentação de Super Trouper (música também presente no primeiro filme, quando somos apresentado à Donna e as Dínamos), na cena final, garante um fechamento incrível para o longa, que é divertido, leve e despretensioso.

 

ABBA

O grupo que criou as músicas que dão embalo à trilha sonora de Mamma Mia é integrado por Anni-Frid Lyngstad, Benny Andersson, Björn Ulvaeus e Agnetha Fältskog – o nome ABBA é justamente formado pela inicial do nome de cada membro. O quarteto sueco, que ficou em atividade entre os anos de 1972 e 1982 (retornando em 2018 com a formação original), foi um dos primeiros grupos de pop europeu a estourar mundialmente. Em 1983, a produtora britânica Judy Craymer teve a ideia de adaptar as canções do grupo para um musical, no teatro. A música The Winner Takes it All foi a responsável por servir de base para um fio narrativo.

Da esquerda para a direita, os integrantes do ABBA: Björn, Anni-Frid, Agnetha e Benny, sucesso mundial no auge da música disco

O espetáculo Mamma Mia, escrito por Catherine Johnson e dirigido por Phyllida Lloyd, estreou em Londres no ano de 1999. O filme surgiu, portanto, como uma adaptação ao cinema da peça musical homônima, trazendo os mesmos personagens do espetáculo teatral.


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