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“The 100” e a constante luta pela sobrevivência

“The 100” peca na circularidade da trama, mostrando sempre um evento de fim de mundo, mas triunfa no quesito desenvolvimento de personagem.


Nota da Colab: este texto contém sérios spoilers!

 

The 100 é a história é baseada no livro de mesmo nome publicado por Kass Morgan, retratando um mundo futurístico em que os personagens sempre precisam lutar pelo seu povo e para sobreviverem diante de um cenário apocalíptico. A série, lançada em 2014 pela emissora norte-americana The CW, e exibida no Brasil pelo Warner Channel, mostra uma a Terra inabitável, resultado de uma guerra nuclear que devastou o planeta. Os únicos sobreviventes vivem na Arca, uma espécie de estação especial orbitando o planeta. Neste lugar, foram criados meios de sustentar a raça humana, entretanto, os recursos começaram a ficar cada vez mais escassos e para isso, Jaha (Isaiah Washington), comandante da Arca, envia para Terra 100 prisioneiros, em busca de saber se o lugar podia ser habitável novamente.

https://www.youtube.com/watch?v=G-PpFU6tuek

Ao longo das temporadas, vemos os enviados tendo que lidar com as diferenças e os mistérios que acercam esse novo mundo, principalmente ao descobrirem que não estão sozinhos. No decorrer da primeira temporada, temos o conflito entre os terra-firme (nativos da Terra) e os prisioneiros, até que no final da trama, Clarke (Eliza Taylor) se depara com o que irá enfrentar na próxima temporada: Mount Weather, um local que abriga outros sobreviventes. Eventualmente, os personagens descobrem que o local é um centro de testes, com a finalidade de encontrar um modo dos Mount Weather saírem sem morrerem por radiação. O grande problema é que a tal “cura” é feita da mistura do sangue dos terra-firme e dos 100.

A terceira temporada, lançada em 2016, foca na questão da tecnologia avançada e a implantação de A.L.I.E., uma inteligência artificial que foi responsável pela destruição da Terra no passado. Assim, a AI passa a dominar os personagens, enviando-os de forma ilusória para um lugar conhecido como Cidade da Luz, onde tudo é perfeito e calmo. No final, o planeta acaba sendo bombardeado por radiação, foco este que dá caminho para a quarta temporada. Aqui, os personagens entram numa corrida contra o tempo para salvar todos diante da radiação, que logo consumirá todo o planeta. No decorrer da história, eles encontram um bunker em que clãs passam a dividir, enquanto outros voltam para o espaço.

Na quinta temporada, que teve o seu season finale no dia 7 de agosto, ocorre o reencontro dos personagens que haviam se separado por anos como resultado da radiação. Nesse cenário, uma tripulação de mineradores vem para o planeta em busca de recursos, emergindo uma nova guerra, que eventualmente causa, novamente, a destruição da Terra. Ao final, os sobreviventes entram num sono criogênico, acordando 125 anos depois para habitar um novo planeta.

 

Evolução

Para os que acompanham a série, é perceptível ver a evolução dos personagens desde o primeiro episódio.

Clarke Griffin sempre foi a pessoa responsável por carregar nas costas o peso de tomar as decisões difíceis, principalmente por ser considerada a grande heroína da série. Nesse novo ano, vemos Clarke criar uma grande afetividade com Madi (Lola Flanery), a nova comandante, por quem quase deixou que seu espírito de salvadora fosse exilado. Madi mostra, no entanto, a quem Clarke deve realmente lutar: seu povo.

Bellamy Blake (Bob Morley), que no começo era apenas um vilão egoísta que só se preocupava em proteger a irmã, Octavia (Marie Avgeropoulos), passou por uma mudança de arquétipo, logo assumindo um papel de herói na trama, amadurecendo e permanecendo um grande líder. Mas mesmo com as mudanças, Bellamy não abdicou de seu amor por sua irmã, sempre determinada a protegê-la – como ele mesmo diz: “minha irmã, minha responsabilidade”.

Na imagem, Bellamy e Clarke, respectivamente

Octavia Blake é uma das personagens que mais mudou significativamente. No começo da série, ela é uma personagem bastante animada, um tanto rebelde e inconsequente, com seus erros sempre sendo protegidos pelo seu irmão. Octavia, no entanto, sofre perdas ao longo da série, criando uma fortaleza dentro de si, tornando-a assim uma personagem forte, posta como uma líder guerreira que transpassa medo e bravura. Nessa temporada, O conhece sua fraqueza: perder a batalha. Diante disso, ela reflete e entende que precisa deixar que Madi assumisse o posto de nova comandante.

Indo em uma linha um pouco mais contrária, está Monthy Green (Christopher Larkin), um personagem cujas mudanças não mudaram tanto a essência de sua personalidade. Green sempre está em busca de ajudar os amigos, e, no final da temporada, ele conseguiu eternizar essa qualidade ao dar aos outros uma chance de sobreviver em um novo mundo. Assim como ele, temos Raven Reyes (Lindsey Morgan), cuja maior mudança foi o seu amadurecimento, mantendo seu espírito prestativo de ajudar os amigos. O que mais diferencia na sua história é que, finalmente, Raven encontra um par romântico.

É ao longo de todas as temporadas anteriores que John Murphy (Richard Harmon) foi construído como o vilão que despreza a todos e só pensa em se manter vivo. Sua grande redenção vem junto a quinta temporada, quando Murphy se dispõe a se sacrificar pelos amigos, para que, de alguma forma, ele pudesse também reconquistar o amor de sua amada Emori (Luisa d’Oliveira).

Em destaque, no centro, Octavia

A temporada, peca, no entanto, ao cair em uma fórmula circular de acontecimento. Novamente, pela terceira vez, os personagens se deparam com o fim do mundo como eles conhecem, precisando encarar essa nova aventura que dá a impressão de um retorno à primeira temporada. A sexta temporada já foi oficializada pela The CW.


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