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Apesar das boas atuações e carisma, a terceira temporada de "O Mundo Sombrio de Sabrina" não funciona tão bem, soando preguiçosa e bagunçada.

Apesar das boas atuações e carisma, a terceira temporada de “O Mundo Sombrio de Sabrina” não funciona tão bem, soando preguiçosa e bagunçada.


AApós o sucesso das duas primeiras temporadas, O Mundo Sombrio de Sabrina estava fazendo jus ao legado de sua antecessora Sabrina, Aprendiz de Feiticeira. E, mesmo com algumas opiniões controversas sobre a segunda parte da série, o gancho final fez com que muitos fãs estivessem com expectativas bem altas sobre o que viria a seguir – e, infelizmente, elas não foram totalmente cumpridas.

  — Todas as nossas críticas de “O Mundo Sombrio de Sabrina”  

A primeira parte da série tinha como temática a negação de Sabrina Spellman (Kiernan Shipka) em abdicar do mundo real para estudar magia, enquanto na segunda parte ela passa a aceitar melhor seu lado bruxa, conciliando as duas realidades. Logo no início da terceira parte, para tentar salvar o seu namorado Nick (Gavin Leatherwood), Sabrina decide aceitar o trono de Rainha do Inferno, algo que ela havia se recusado por completo a fazer na temporada anterior – motivo este que levou ao conflito final. Com isso, passamos a questionar quais seriam as verdadeiras motivações da personagem, além do poder que outros participantes terão no desenrolar da trama, como Lucifer (Luke Cook) e Lilith (Michelle Gomez).

O maior problema com a terceira temporada de O Mundo Sombrio de Sabrina é que, além de manter uma protagonista e antagonistas contraditórios, a série decide apostar em uma quantidade excessiva de núcleos de acontecimentos, como se o mundo profano e o real já não fossem o suficiente. Mesmo que esta possa ter sido uma escolha simbólica para refletir o dualismo de Sabrina, a escolha narrativa não funciona de maneira alguma e acaba por resultar apenas em confusão para se assimilar todos os acontecimentos. E não satisfeitos, além de estudante, aprendiz de bruxa e Rainha do Inferno, a jovem Spellman também decide ser líder de torcida – o que parece ser apenas uma desculpa para utilizarem o talento musical da atriz.’

Sabrina, Rainha do Inferno, ao lado de sua conselheira, Lilith

Tudo isso nos leva a pensar que O Mundo Sombrio de Sabrina está seguindo a mesma tendência da sua companheira Riverdale, realizada pelos mesmos produtores: o grande foco na estética e divulgação da série, enquanto o roteiro e a construção das personagens são colocados de lado. E qual o resultado disso? Uma história rasa, com poucos eventos significativos, personagens sem evolução alguma e que salvam apenas pelo seu carisma.

Mas, independente de suas inúmeras falhas, não se pode dizer que a parte três da série foi totalmente em vão. Algumas das atuações ainda são de extrema excelência, com destaque para Gavin Leatherwood, Tati Gabrielle e Michelle Gomez. Vale também destacar o cenário e efeitos bem trabalhados, além das referências mitológicas muito bem escolhidas e as cenas que se passam no inferno, pela ótima dinâmica – algo que poderia ter sido ainda mais bem aproveitada no decorrer da produção.

Sabrina e seus fiéis companheiros: Harvey, Theo e Roz

  — Todas as nossas críticas de “O Mundo Sombrio de Sabrina”  

Com o final entregue por esta última temporada, seria mais aceitável que ela não tivesse nem sido feita. No mínimo, esse resultado que leva a lugar algum serve apenas para que as expectativas para a continuação sejam ainda maiores. Com os novos anos de O Mundo Sombrio de Sabrina, esperamos uma protagonista mais bem-resolvida que pare de ser a causa de todos os problemas do mundo, além de uma linha narrativa que não se perca em meio a um marasmo de confusão. É pedir demais?

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