fbpx

“Ninguém Mandou”: Um drama adolescente repleto de mistérios

"Ninguém Mandou" vai da BBC à Netflix mirando os fãs de séries como "Pretty Little Liars" e "Riverdale".

“Ninguém Mandou” vai da BBC à Netflix mirando os fãs de séries como “Pretty Little Liars” e “Riverdale”.


AA série britânica Get Even, produzida originalmente pelo canal BBC, está disponível na Netflix com o nome Ninguém Mandou. A história é baseada no livro homônimo Get Dirty, de Gretchen McNeil, lançado em 2015, que ainda não possui uma versão brasileira. A história é centrada naquele famoso drama e mistério envolvendo adolescentes, que muito lembra o enredo da série Pretty Little Liars em que garotas se juntam para desvendar segredos. A diferença é que em Get Even as meninas não são as vítimas, mas as que se dedicam a expor as injustiças do colégio onde estudam.

https://www.youtube.com/watch?v=6gycL9fQWqg

 

DON’T GET MAD, GET EVEN!

Não fique bravo, se vingue!“. Este é o lema do grupo GDM formado por quatro garotas com personalidades totalmente diferentes. Kitty (Kim Adis) é uma menina inteligente, dedicada e muito esforçada para manter as notas altas, sendo boa nos esportes e bolsista no colégio – o que força ela a ser “perfeita” em todas as matérias. Olivia (Jessica Alexander) é a popular, estilo patricinha que vive de aparência, enquanto Margot (Bethany Antonia) é a geek do grupo que por ser muito aficionada no seu mundo virtual de jogos e estudos, acabando como a mais introspectiva e com dificuldades em se relacionar. Por fim, Bree (Mia McKenna-Bruce) é a rebelde, tentando de todas as formas chamar a atenção do pai que nunca está presente. O GDM acaba sendo associado a um crime quando um garoto da escola é assassinado e as meninas tentam desvendar quem cometeu o crime e por qual motivo colocou a culpa no grupo.

Se você não gosta de ver séries com aqueles episódios de longa duração, Ninguém Mandou possui uma temporada com dez episódios, sendo que cada um contém cerca de 28 minutos. Porém, devido a curta duração, a história parece se passar muito rápido e tive a sensação de não haver tempo para se aprofundar mais na vida pessoal das meninas do GDM. As relações entre os personagens são quase superficiais e não há  uma imersão em enredos paralelos, o que poderia fornecer mais emoções ao assistir aos episódios e trazer mais conexão com as protagonistas.

Apesar das relações parecerem superficiais, Ninguém Mandou consegue abordar diversas questões recorrentes no ambiente escolar e na vida do adolescente como o bullying, busca por aceitação social, pressão familiar, orientação sexual, professores abusivos e amizades tóxicas. Todos os temas são tratados individualmente com cada protagonista, o que me faz sentir falta de mais drama na vivência dos personagens. Ao tratar de assuntos tão importantes, a série acaba perdendo o foco para descobrir quem é o assassino e traz um desfecho clichê, já que o assassino não é alguém que desconfiamos.

 

SEGUNDA TEMPORADA?

Ainda não foi confirmada se Ninguém Mandou ganhará um segundo ano, mas o final deixa alguns assuntos inacabados, com novos mistérios e segredos a serem revelados – como Mika (Emily Carey) alega saber que o garoto assassinado tinha alguns podres que não foram revelados.

No final da primeira temporada, Logan (Kit Clarke) conta para Margot que ele pertence a uma família muito rica que está atrás de destruir o GDM. Como ficará a relação de Olivia e Amber (Razan Nassar), já que ambas assumiram que gostam uma da outra? Qual o envolvimento do diretor da escola com os assassinatos dos jovens? A Kitty vai perder sua bolsa de estudos no próximo ano?

Todas as questões ficam em aberto para um possível novo ano de Ninguém Mandou, mas, até aqui, somos apresentadas a uma promissora nova série para o público teen, repetindo uma fórmula já consagrada com alguma originalidade.

Compartilhe

Twitter
Facebook
WhatsApp
Telegram
LinkedIn
Pocket
relacionados

outras matérias da revista

Crítica
Giulio Bonanno

Crítica: “Máquinas Mortais”

“Máquinas Mortais” trabalha com muitos efeitos especiais e comentários de viés políticos, mas nunca consegue elaborar algo para se sobressair. Em uma determinada cena de Máquinas Mortais, o personagem Tom (Robert Sheehan) aponta aleatoriamente para o sul, afirmando confiar em seu “instinto de direção” que poderá salvar tanto ele quanto a sua companheira Hester das ameaças emergentes. Não percebemos confiança em seu semblante, mas há uma determinação inocente, típica de quem cultiva resquícios de esperanças em busca da sorte de principiante. Ao longo de sua duração, Máquinas Mortais consolida uma experiência que, embora simpática e comprometida com o seu universo

Leia a matéria »
Filmes
Rafael Bonanno

Um exercício de iconofilia

É praticamente impossível falar sobre cultura pop, hoje, sem sequer mencionar um dos maiores fenômenos culturais propagados pela indústria do entretenimento desde o final dos anos 90. Pokémon é uma franquia que começou como uma série de jogos de RPG desenvolvidos por Satoshi Tajiri para o Game Boy, em 1996. A partir daí, a marca se expandiu de maneira colossal em diversas mídias e, atualmente, ocupa a humilde posição de “franquia de mídia mais rentável da história” com uma renda estimada em cerca de 90 bilhões de dólares. Constantemente reintroduzida para novas gerações, os jogos principais da série sempre mantiveram

Leia a matéria »
Back To Top