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Com muito humor e pouco thriller, "Maldivas" é um divertido entretenimento sobre assassinato e mulheres ricas — mas não passa disso.

Com muito humor e pouco thriller, “Maldivas” é um divertido entretenimento sobre assassinato e mulheres ricas — mas não passa disso.


NNão é de hoje que a Netflix está investindo em séries brasileiras e dando espaço para vários gêneros. Tem Coisa Mais Linda para quem gosta de drama de época, 3% para os fãs de ficção científica, Sintonia e Boca a Boca para quem prefere produções teen e Irmandade aos amantes de investigação criminal.

A aposta da vez é Maldivas, um mix de thriller com comédia sobre as dondocas de um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Apesar de ter um elenco com várias famosas, o foco é estrelar Bruna Marquezine e Manu Gavassi – que estava esquecida pela mídia mas voltou a ser comentada pelo público após a participação no Big Brother Brasil 20.

 

Maldivas

Passando os dias à beira da piscina com drinks e roupas sofisticadas, as moradoras do Maldivas mantêm as aparências de felizes e bem-resolvidas. Apesar de algumas alfinetadas escondidas pelo tom de amizade, a vida vai bem entre Milene (Manu Gavassi), Rayssa (Sheron Menezzes), Kat (Carol Castro) e Patrícia (Vanessa Gerbelli).

Numa noite, o apartamento de Patrícia pega fogo e ela é encontrada morta. Todas as vizinhas teriam motivos para matá-la e, por coincidência ou não, Liz (Bruna Marquezine) chega ao prédio na noite do crime. Ela é a filha de Patrícia, que há anos tenta rastrear a mãe e entender porque foi abandonada.

Narrada por Verônica (Natalia Klein), também moradora do condomínio e outra pessoa cheia de segredos e relações com a vítima, a série tem um visual bonito. Cores vibrantes e solar, drinks coloridos e elaborados e atrizes performando a alta sociedade. Toda a ideia por trás de Maldivas é boa, mas o roteiro chega a beirar o “engraçadinho”. O humor é construído sobre referências brasileiras, desde as mais atuais quanto algumas antigas, e tem situações bem cômicas envolvendo a elite. Contudo, o engraçado chega a ser forçado.

O lado positivo é que a história não tenta colocar os personagens como vítimas. Todos são culpados pelas suas escolhas e têm suas consequências. Deus me livre de mostrar como coitadinhos os moradores de um condomínio de luxo usando tornozeleira eletrônica. Pois é, esse é o tipo de humor de Maldivas.

A parte da investigação é interessante, principalmente considerando que os personagens são capazes de fazer qualquer coisa para manter o status. Todas as protagonistas poderiam facilmente matar – ou mandar matar – alguém que está em seu caminho. Contudo, a história segue com alguns furos e uma temporada com um final bem aberto. Considerando que são apenas sete episódios e o lado humorístico, é compreensível que a parte de thriller não seja tão bem desenvolvida.

Ao final de Maldivas sabemos quem matou Patrícia e dá para entender um pouco o que aconteceu entre ela e Liz — mas ainda tem muita água para rolar. Embora a segunda temporada ainda tenha sido confirmada, seria bom trazer mais explicações sobre alguns pontos levantados.

Com episódio de 40 minutos, Maldivas foi criada por Natalia Klein e é um bom entretenimento para quem quer se distrair e dar boas risadas. Mas não espere por grandes reviravoltas. Embora tenha um ritmo interessante, o foco é aproveitar a realidade completamente paralela dentro do condomínio e pensar “nossa, gente rica é muito estranha”.

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