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"Julie and the Phantoms" faz um reboot da série brasileira Julie e Os Fantasmas, dessa vez acompanhando a vida de uma jovem estado-unidense.

“Julie and the Phantoms” faz um reboot da série brasileira “Julie e Os Fantasmas”, dessa vez acompanhando a vida de uma jovem estadunidense.


VVocê já imaginou como seria se Julie e os Fantasmas ganhasse uma nova versão? Novas músicas e clipes? Se a história se passasse nos Estados Unidos ao invés do Brasil? E como seria se a série apresentasse algumas questões mais atuais da nossa sociedade? Se você nunca chegou a pensar no assunto, ou já contemplou a ideia de ver uma versão mais moderna da série, chegou a hora de conhecer Julie and The Phantoms, o reboot da série brasileira.

A trama de Julie and The Phantoms gira em torno da protagonista homônima interpretada por Madison Reyes, uma adolescente que está enfrentando o luto causado pela morte de sua mãe. Com a perda, Julie deixou de lado a sua paixão pela música, algo que ela compartilhava com sua mãe, deixando sua família e sua melhor amiga, Flynn (Jadah Marie), preocupados. Nem mesmo todos os esforços são capazes de ajudar Julie ou fazer com que ela se sinta melhor, tanto é que a adolescente decide sair do programa de música do qual faz parte em sua escola.

Porém, a situação muda quando Julie conhece Luke (Charlie Gillespie), Reggie (Jeremy Shada) e Alex (Owen Joyner), três fantasmas que faziam parte da banda Sunset Curve.  Há 25 anos, em 1995, os três morreram após comer um cachorro-quente estragado e foram impedidos de fazer sucesso, sem ter a oportunidade de tocar e se apresentar com a Sunset Curve como sempre sonharam. Mas após Julie escutar um antigo CD da banda, guardado nas coisas de sua mãe, os três fantasmas voltam para o mundo dos mortais, ou corpóreos (termos que os fantasmas usam para se referir aos humanos), como se estivessem ganhando uma segunda chance de fazer sucesso.

Da esquerda pra direita: Reggie, Alex, Julie e Charlie

Inicialmente, Julie não lida muito bem com a presença de três fantasmas em sua casa e demora um tempo para processar tudo isso, mas com o passar do tempo é inegável como ela precisava da ajuda dos três, da mesma forma que Luke, Reggie e Alex precisavam de Julie. Os fantasmas são essenciais para que a garota volte para o clube de música da escola, assim como voltar a compor e a cantar. Enquanto isso, a adolescente é o meio o trio de garotos têm para fazer sucesso e participar de uma banda novamente, uma vez que os humanos só conseguem os enxergar quando eles estão tocando e se apresentando junto de Julie.

HARMONIA PERFEITA

Um dos pontos principais que a série aborda é a paixão de Julie pela música e a conexão que ela tem com sua mãe por meio desse fator em comum, mas Julie and The Phantoms apresenta muito mais do que isso. Um ponto forte que a produção retrata é a relação familiar, uma vez que o apoio da família de Julie é necessário para ela seguir com o seu sonho. O pai da adolescente (interpretado por Carlos Ponce) é uma figura essencial para incentivar esse gosto e a paixão da filha.

Além disso, outra relação importante que é trabalhada ao longo dos episódios é a amizade entre Julie e Flynn. Por mais que a amizade delas passe por um obstáculo ao longo da trama, isso não é o suficiente para abalar o laço existente entre as duas e a importância de Flynn na vida de Julie fica refletida na música Flying Solo.

Se os fantasmas da série brasileira tinham que lidar com problemas relacionados à lei do mundo espectral, em Julie and The Phantoms Luke, Reggie e Alex precisam lidar com outros dilemas. Tudo começa com o desejo deles ficarem visíveis para outros humanos, visto que a Julie é a única que os vê e eles só se tornem visíveis para o restante das pessoas apenas quando estão se apresentando.

Dessa forma, eles decidem buscar ajuda com Caleb Covington (Cheyenne Jackson), um fantasma extremamente poderoso e visível para os humanos. Porém, as coisas não saem como previsto e o trio vai precisar lutar contra Caleb para recuperar a liberdade deles de volta.

Além deste conflito, os três fantasmas também precisam lidar com o fato de que Bobby/Trevor (interpretado por Taylor Kare na fase adolescente, e por Steve Bacic na fase adulta), o quarto integrante da antiga Sunset Curve, ter feito sucesso com as músicas da banda e sem nunca ter dado o devido crédito para eles.

Certamente que as canções e as cenas musicais são um dos grandes atrativos da série e isso que vem conquistando o público, mas o desenvolvimento e a relação entre os personagens não deixa a desejar nesse sentido. Um exemplo disso é como Julie and The Phantoms explora um pouco do passado da parte titular dos Phantoms – mais precisamente o dia em que eles morreram – e como eles estão lidando e se adaptando com essa nova realidade fantasmagórica. Outro exemplo disso é a respeito da própria Julie e como ela se sente em relação à mãe dela ou o que a música significa em sua vida.

A série é dirigida por Kenny Ortega, diretor e coreógrafo norte-americano, que ficou conhecido por participar de produções como Abracadabra (1993), The Cheetah Girls 2 (2006), High School Musical (2006-2008) e Descendentes (2015-2019) — inclusive, os atores Jadah Marie, Cheyenne Jackson e Booboo Stewart também participaram de Descendentes.

Dessa forma, é possível reconhecer o estilo do diretor através das coreografias e das músicas que tem uma letra marcante. Por sinal, nas redes sociais muitas pessoas comentaram sobre o perfil de Charlie Gillespie, que lembra bastante ao perfil de Zac Efron e de Mitchell Hope, os protagonistas de High School Musical e Descendentes respectivamente.

ESSA NOITE SOMOS UM SÓ

Julie e os Fantasmas é uma série brasileira que foi criada e desenvolvida pela Mixer em parceria com a Bandeirantes e a Nickelodeon Brasil, com a sua exibição ocorrendo entre outubro de 2011 e maio de 2012. Com apenas uma temporada e um total de 26 episódios, Julie e os Fantasmas foi estrelada por Mariana Lessa, Bruno Sigrist, Marcelo Ferrari, Fabio Rabello, Michel Joelsas, Milena Martines, Samya Pascotto, Vinícius Mazzola e Eduardo Guimarães.

A história da série gira em torno de Julie (Mariana Lessa), uma adolescente apaixonada por rock e pela música. Num belo dia, ao escutar o LP da banda Apolo 81, Julie acaba invocando os fantasmas Daniel (Bruno Sigrist), Martim (Marcelo Ferrari) e Félix (Fabio Rabello), os antigos integrantes da banda e que morreram tragicamente na década de 80.

Donos de personalidades fortes, Julie e Daniel não se dão muito bem a princípio e discordam sobre vários assuntos, mas após se apresentarem juntos na noite de show de talentos que ocorre na escola de Julie, fica claro que quando o quesito é música eles são ótimos e se dão muito bem. Dessa forma, Julie, Daniel, Martim e Félix decidem formar uma banda.

Porém, apesar da química entre os integrantes da banda e do sucesso que eles começam a fazer, a ideia de terem uma banda e de se apresentarem para o público não é tão fácil e simples como aparenta. A lei dos fantasmas proíbe que os fantasmas interajam e apareçam para os humanos, de forma que Daniel, Martim e Félix vão ter que quebrar algumas regras e até mesmo vão desafiar a autoridade do Capitão Demétrius (Eduardo Guimarães), chefe da polícia espectral e responsável por monitorar os fantasmas e se as leis estão sendo cumpridas.

PARALELOS

Apesar de algumas diferenças narrativas entre a versão brasileira e o reboot americano, é estabelecido um sentimento de nostalgia ao assistir Julie and The Phantoms. Ao mesmo tempo em que a série dirigida por Kenny Ortega apresenta elementos novos e desenvolve outras questões, é impossível não se lembrar de Julie e os Fantasmas e dos personagens eternizados por Mariana Lessa, Bruno Sigrist, Marcelo Ferrari, Fabio Rabello.

Sendo assim, Julie and The Phantoms é um seriado que inova com novos elementos, também fazendo referência à antiga versão brasileira. Trata-se de uma produção ideal para os fãs de musicais, visto que sempre há pelo menos uma música nos episódios, e que os fãs de Julie e os Fantasmas vão amar.

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