fbpx
"Jessica Jones" faz o seu papel e fecha a série de forma satisfatória, com personagens e desenvolvimentos narrativos bem construídos.

“Jessica Jones” faz o seu papel e fecha a série de forma satisfatória, com personagens e desenvolvimentos narrativos bem construídos.


Nota da Colab: o texto contém spoilers.

 

A estética noir, o humor ácido e as discussões sobre temas relevantes continuam presentes na terceira e última temporada de Jessica Jones. Em decorrência do assassinato de sua mãe, Jessica Jones (Krysten Ritter) está ainda mais amarga que o costume. Depois de romper relações com a irmã adotiva, Trish Walker (Rachael Taylor), responsável pelo crime, a heroína está focada em seu trabalho como nunca. Interessada em usar seus poderes para ajudar as pessoas, a nova temporada expõe o lado humano da protagonista.

Trish, que conseguiu poderes por meio de um experimento, tenta retomar contato com a amiga, sem sucesso, passando a trabalhar sozinha para conseguir aprimorar suas habilidades. Enquanto isso, Jessica se envolve com  Erik (Benjamin Walker), um novo super herói que acaba proporcionando o encontro entre a heroína e vilão da vez: Gregory Salinger (Jeremy Bobb).

Se a segunda temporada de Jessica Jones peca pela falta de um vilão consistente, a terceira acerta em cheio neste ponto. Manipulador, calculista e ressentido, o psicopata representa um grande desafio para a protagonista, tanto por seus planos perfeitos, quanto por sua humanidade, o que acaba tornando o embate ainda mais difícil. Para derrotá-lo, Jessica e Trish se veem obrigadas a trabalharem juntas.

Fazendo grades referências à Felina, personagem conhecida das HQs da série, Trish aparece mais dessa vez. Sua relação com a mãe é explorada, trazendo revelações do passado e maior profundidade aos personagens, o que é complementa bem a abordagem que é feita ao longo da narrativa acerca desse relacionamento.

As discussões acerca dos valores dos super heróis também ganham força. As dores e a questão sobre o que é, de fato, ser um super herói é central ao longo dos episódios, principalmente sobre a forma como Trish lida com seus poderes. A dualidade também é muito presente em Jessica Jones, ilustrada por discussões acerca de certo e errado, justo e injusto, espalhadas ao longo dos episódios. Esse aspecto é evidenciado ainda mais quando adotadas as perspectivas de cada personagem. Como de costume, a série traz, ainda, temas como abuso de substâncias, conflito de identidade, heroísmo e vingança.

após os eventos da segunda temporada, Jessica e Trish precisam fazer as pases e trabalhar juntas

A terceira temporada da série veio para encerrar um ciclo. A renovação para esta temporada aconteceu pouco antes do encerramento da parceria entre Marvel e Netflix. Com o fim das outras séries correlacionadas, Jessica Jones era a única que ainda teria um desfecho, ficando com a responsabilidade de ser o ponto final desta fase. Os 13 episódios, mais uma vez, parecem ser um pouco mais que o necessário para o conteúdo ali distribuído, no entanto, a temporada cumpre seu papel de fechar esse ciclo – principalmente agora que Krysten Ritter afirmou que não voltará a encarnar a heroína.

Compartilhe

Twitter
Facebook
WhatsApp
Telegram
LinkedIn
Pocket
relacionados

outras matérias da revista

Música
Yuri Soares

The Beatles e o show que entrou para a história

O “Apple Rooftop Concert”, dos Beatles, marcou a história da banda de forma relevante, deixando um legado de peso para a indústria musical. Em 2013, o Please Please Me (1963), álbum de estreia dos Beatles, completou 50 anos. De lá para cá, todo ano um disco da banda volta às páginas dos jornais com matérias que enaltecem suas cinco décadas de aniversário. Assim será até 2020, quando o Let It Be (1970) encerrará o ciclo dos cinquentões. Esse ano, os holofotes estão voltados para o Yellow Submarine e Abbey Road, lançados, respectivamente, em janeiro e outubro de 1969. Mas não para

Leia a matéria »
Back To Top