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Segredos vazados, consequências angustiantes 

Apesar de um roteiro inconsistente e de um exagero na violência, "Control Z" tem sucesso ao abordar temas importantes de serem discutidos.

Apesar de um roteiro inconsistente e de um exagero na violência, “Control Z” tem sucesso ao abordar temas importantes de serem discutidos.


IImagina estar de volta ao ensino médio com todas as tecnologias e redes sociais atuais? Seria um máximo! Mas e se todos os seus segredos mais íntimos fossem descobertos e expostos para o colégio? Isso acontece em Control Z, a nova série mexicana da Netflix que tem de tudo para se tornar um fenômeno mundial.

A série, como muitas produções da plataforma de streaming, se destaca por abordar assuntos considerados tabus como a transfobia, transtornos mentais e bullying. Todas essas questões vêm à tona por conta de um hacker que decide expor a vida íntima dos estudantes.

Para descobrir quem revela os segredos e faz diversas ameaças aos colegas, surge a personagem Sofi, uma adolescente extremamente inteligente e observadora interpretada por Ana Valeria Becerril. O fato de ser solitária no colégio faz da aluna uma ótima oportunidade para descobrir o verdadeiro autor dos ataques. Como em toda série adolescente surge um casal, e ao lado de Sofi temos Javier, interpretado por Michael Ronda. A dupla ficará unida em busca de desvendar o verdadeiro autor do crime.

 

CENAS E CORTES ANGUSTIANTES

Algumas cenas são incômodas em Control Z, como as inúmeras práticas de bullyings, mas principalmente as excessivas cenas de brigas. Não são duas ou três, mas muitas cenas de agressão, o que pode causar bastante aflição no telespectador. Ainda há as cenas de quedas, que poderiam ter sido facilmente simuladas.

Outros fatores que se destacam – talvez negativamente – são as demonstrações repetitivas de transfobia, humilhação e preconceito vivenciado pelos alunos. Essa forma de retratar a realidade dos jovens soa de uma maneira crua durante a série, onde não se dá oportunidade para aproximar os personagens do público, tornando as histórias mais íntimas e reais a ponto de trazer uma reflexão mais intensa sobre as causas e suas lutas.

Embora tenha deixado de aproveitar ao máximo seus bons personagens, que enriquecem a trama, Control Z se destaca pelos certeiros cortes de cena e trilha sonora.  O fato dos episódios serem curtos não faz com que a história se perca, mas sim aconteça de uma forma ágil e coerente, fazendo com que você queira ver todos os episódios de uma só vez. Ponto para a Netflix.

 

PRÓXIMA TEMPORADA

Embora tenha finalizado sua primeira temporada cheia de questões para serem solucionadas, como dar enriquecimento ao roteiro, Control Z prende o espectador e promete um segundo ano atrativo – já confirmada pela Netflix.

Muitas histórias expostas pelo hacker e acontecimentos nos momentos finais dão oportunidade para a série ser continuada, mas também abre brecha para se perder facilmente. O ideal seria aprofundar mais em alguns personagens e tratar assuntos tão necessários com mais responsabilidade e empatia.

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