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Altered Carbon: a nova aposta da Netflix

"Altered Carbon" faz uma interessante reflexão contemporânea, embalada em um thriller de ficção-científica sobre a morte e a pós-vida.

“Altered Carbon” faz uma interessante reflexão contemporânea, embalada em um thriller de ficção-científica sobre a morte e a pós-vida.


QQuem assiste os originais da Netflix sabe que a empresa está apostando todas as fichas em conteúdos diferentes, inovadores e de boa qualidade. É neste pacote de atualizações que está Altered Carbon, o grande lançamento do serviço para os amantes de ficção científica e histórias futurísticas que se passam em um ambiente caótico, em que a certeza da morte iminente não é mais um dilema da sociedade.

A história gira em torno de Takeshi Kovacs (Joel Kinnaman), um emissário que por cometer muitos crimes teve sua consciência aprisionada no gelo durante 250 anos. Ele é despertado pelo matusa bilionário, Laurens Bancroft (James Purefoy), que acredita ter sido assassinado antes de fazer o backup de sua consciência e “contrata” Kovacs para investigar o caso.

https://www.youtube.com/watch?v=D7wDY0lJWwA

Inspirada em Blade Runner (1982) e com umas pitadas de Westworld (2016) no roteiro, que explora da temática cyberpunk no contexto da narrativa, a trama da série se desenrola no curso de 10 episódios episódios. Ao longo deles, vamos descobrindo a origem do personagem protagonista, assim como como o mundo chegou a ser o que é e porque muitas pessoas querem Kovacs morto. Ainda que diversos personagens sejam apresentados no decorrer dos episódios, o elenco principal permanece importante até o final, fazendo com que nenhum personagem fique de lado durante os conflitos.

Para entender melhor Altered Carbon é preciso saber que no futuro, no século 25, a humanidade conseguiu descobrir um caminho para a imortalidade. Os habitantes da Terra possuem um cartucho na nuca, responsável por armazenar a consciência do indivíduo. Com esta realidade, o corpo físico torna-se desvalorizado, uma vez que é possível trocá-lo caso o mesmo sofra algum tipo de estrago. A morte real acontece quando o cartucho é comprometido, mas que é facilmente contornado pela população rica, que conseguem fazer backup e armazenar a consciência em outro lugar ou até mesmo em clone de si próprios.

É interessante ver os arcos de cada personagem (com foco na Lizzie, que termina a série com o maior crescimento pessoal) e a forma como eles se desenvolveram em relação a todo o universo. Por mais sutil que algumas coisas sejam, elas tornam-se essenciais na construção de cada detalhe da produção seriada.

Altered Carbon discute muitos temas como desigualdade social, os princípios religiosos ligados a morte, o culto a consciência e não ao corpo, abuso sexual, pedofilia, entre outros. O mais interessante entre tudo isso é a reflexão que ela promove junto ao espectador, forçando-o a discutir o que o faz amar uma determinada pessoa, já que a mesma pode trocar de corpo várias vezes, podendo usufruir de diferentes aparências. Você ama uma pessoa pelo que ela realmente é ou pela aparência que ela possui?


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