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Destaque: Akira
Akira está de volta! Um dos mangás mais famosos do mundo ganhou um relançamento brasileiro em 2018, (re)apresentando a história para os (novos) leitores.

Akira está de volta! Um dos mangás mais famosos do mundo ganhou um relançamento brasileiro em 2018, (re)apresentando a história para os (novos) leitores.


OOs fãs brasileiros já podem matar as saudades da densa e reflexiva narrativa de Akira. O quadrinho japonês que promove discussões sobre poder, corrupção e problemas sociais, com muita ação em uma Tóquio pós-apocalíptica, retorna as livrarias e bancas brasileiras em junho com edição totalmente remasterizada que preserva seu formato e leitura originais.

Publicado pela Young Magazine entre 1982 e 1990, Akira é a obra-prima de Katsuhiro Otomo. Escrito e ilustrado por ele, o mangá é um dos marcos da ficção científica oriental que revolucionou a chegada da cultura pop japonesa no Ocidente. Além disso, é considerado um clássico do estilo cyberpunk, mesmo que o gênero tenha chegado a Terra do Sol Nascente depois.

 

O Mundo de Akira

Capa do Vol. 1

Tudo começa com uma explosão atômica na cidade de Tóquio em 1982, dando início à 3ª Guerra Mundial. Especulasse que um menino chamado Akira seja o responsável pela destruição da capital japonesa.

Neste mundo pós-apocalíptico, somos apresentados a cidade reconstruída de Neo Tóquio, 38 anos após o incidente.

Repleta de gangues de motoqueiros arruaceiros que espalham o caos pelas ruas, o grupo de Shotaro Kaneda sofre um acidente depois de entrar em uma disputa com uma gangue rival. Tetsuo Shima, o mais novo do bando e melhor amigo de Kaneda, atropela uma criança estranha.

Depois do ocorrido, Tetsuo começa a sentir reações anormais e aparentes poderes. Isso chama a atenção do Governo, que imediatamente o captura, fazendo dele cobaia de seus experimentos secretos. Enquanto isso, Kaneda tenta resgatar o amigo e descobre que o mundo corre perigo.

 

Reconhecimento Mundial

Sucesso nacional no Japão, em 1988 ganhou adaptação de mesmo nome em longa-metragem de animação, com direção e arte de Otomo. O anime obteve repercussão mundial e alavancou as vendas do mangá ao redor do globo terrestre.

No mesmo ano, o autor concede autorização a Marvel para publicar o quadrinho no selo Epic Comics. Colorido e adaptado para a leitura ocidental tornou-se o primeiro mangá publicado nas duas orientações de leitura.

O reconhecimento internacional fez de Akira uma das principais bases do cyberpunk da década de 1980. Desde então a obra é referenciada em inúmeros mangás e animes, e também em clipes musicais e séries, como, respectivamente, Stronger, do rapper Kanye West, e Stranger Things, dos irmãos Duffers. – no último, uma comparação foi realizada pela revista norte-americana Vulture.

 

Cyberpunk

Cidades futurísticas, tecnologia avançada e, em alguma medida, desordem social foram “ingredientes” fundamentais na construção de narrativas famosas, como Akira, Ghost in the Shell, Final Fantasy VII e trilogia cinematográfica norte-americana Matrix. Todas pertencentes a um subgênero de ficção científica, o cyberpunk.

Marcado pela máxima “High tech, low life” (“Alta tecnologia, baixa qualidade de vida”, em tradução livre), o estilo, como seu próprio nome sugere, mescla entre o cibernético e o punk. Por isso, as histórias desse gênero são ficções que especulam sociedades pós-modernas em futuro de sombras e tecnologia de ponta.

Imagem da animação “Akira”, lançada em 1988.

O subgênero existe desde o inicio dos anos de 1980, entretanto chegou ao seu clímax em 1988 com o sucesso mundial do anime Akira, de Katsuhiro Otomo. O filme, uma adaptação do quadrinho de mesmo nome e autoria de Otomo, cumpre com as características do cyberpunk.

Primeiro mangá e anime do gênero, Akira é a estética geral de um mundo que assombra, mas também encanta. A cidade de Neo-Tóquio e seus muitos arranha-céus é uma personificação do cyberpunk, representada nitidamente pelo seu governo corrupto e autoritário, além da desordem e problemas sociais.


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