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Troye Sivan chega em 2018 com o seu segundo álbum de estúdio, "Bloom", ainda mais maduro e cantando sobre amor de sua perspectiva LGBTQ+ como um homem gay.

Troye Sivan chega em 2018 com o seu segundo álbum de estúdio, “Bloom”, ainda mais maduro e cantando sobre amor de sua perspectiva LGBTQ+ como um homem gay.


Troye Sivan se firmou em 2015 como um dos grandes artistas pop com o lançamento do seu primeiro e incrível álbum, Blue Neighbourhood. Desde então, os fãs ansiavam pelo início de uma nova era, um novo disco e… um novo Troye? Bloom, seu segundo álbum foi lançado dia 31 de agosto e é basicamente um resumo da palavra novo em se tratando do artista.

A era começou em janeiro, com o lançamento do single My My My!. Apesar de soar comercial, a música já dava o tom do que estaria por vir: um Troye Sivan maduro, falando de novos assuntos e com uma nova sonoridade. My My My! soa muito oitentista, sem deixar de ter uma batida atual e fala muito sobre libertar-se. Segundo o cantor, a música é pra dançar como se não houvesse pressão ou amarra social nenhuma e pra ser a si mesmo mais do que nunca. O clipe traduz muito bem a mensagem mostrando um Troye mais desinibido que nunca e dançando da forma como bem entende. Um bom primeiro single que dita bem como será o álbum.

Bloom, faixa-título do disco, saiu em maio. A música segue um pouco a sonoridade e a mensagem do primeiro single: o artista fala aqui, não literal nem explicitamente, sobre o sexo entre dois homens. Além disso, é uma música sobre florescer-se e libertar-se, tema recorrente no álbum. No mês seguinte é lançado o clipe, apostando em uma estética lindíssima, tanto na fotografia quanto com Troye e seus figurinos extravagantes. Aqui, ele passa a sua libertação visualmente, com cenas usando batom, outras usando roupas ditas femininas. Mensagem passada com sucesso.

Dance To This, por fim, é o último single antes do lançamento do disco. Aguardadíssima não só por fãs do cantor, mas também pelos amantes de Ariana Grande, que empresta seus lindos vocais para uma participação na música. Dance To This é uma música dançante e mid-tempo, ou seja, não tem um ritmo acelerado demais nem muito lento. É sobre um casal que se permite dançar juntos, naquele momento, naquele espaço, só os dois e sem se importarem com o mundo ao redor. Ariana casa perfeitamente com a música e é uma adição em peso para o álbum. O break da música é excelente e resume bem uma grande característica de todo o disco que é a produção detalhada e preocupada em inovar e agradar. No clipe, os dois cantores têm uma química perfeita e conseguem, ainda, passar por meio da dança e da troca de olhares a grande mensagem do disco: liberte-se, dance quando e como quiser!

Quando o disco foi finalmente lançado, houve certo desapontamento geral com o fato de que a espera de sete meses trazia apenas cinco músicas inéditas. Bloom tem 10 faixas, sendo que cinco já haviam sido lançadas (os três singles mais dois promo-singles) o que denota certa “despreparação” do cantor e de sua equipe na divulgação do disco. Mas, o que importa, no final, são as coisas boas nas inéditas.

Seventeen mescla os assuntos liberdade e sexualidade: é sobre as descobertas e as primeiras vezes de Troye Sivan. A música é fofa, identificável e traz sentimento de saudade até pros que não fizeram dezessete anos há tanto tempo. Um dos destaques do disco. Assim como o Blue Neighbourhood, nesse trabalho o artista fala bastante sobre amar muito um garoto. Amar a ponto de considerar que morrer com ele “seria celestial” ou até mesmo que o “para sempre não é nem metade do tempo” que ele gostaria de passar junto dele. Essas são todas frases da melancólica What a Heavenly Way to Die, que se destaca pela letra poderosa e bonita melodia.

Lucky Strike compara o suposto garoto a uma marca de cigarro americana. “Respire-me, exale devagar”. Essa não é tão impactante, e fica apagada em meio às outras, assim como Plum, que, por ser mais genérica (tanto em produção quanto em letra), fica aquém do resto do disco. Postcard é a baladinha sofrência do Bloom. Alguém não liga mais para o Troye e nem responde seus cartões-postais, deixando-o arrasado. E bem sabemos que é nesse momento em que as melhores músicas saem: Postcard é um grande destaque, balada no piano impactante de letra linda.

The Good Side e Animal são grandes produções do disco e as mais diferentonas. A primeira, por exemplo, caberia na trilha sonora do filme Me Chame Pelo Seu Nome (2017): é sobre um amor que teve que acabar, mas deixou lindas marcas. A produção é inusitada e leva o ouvinte a um lugar que ele não espera. É poética e diferente de tudo o que Troye Sivan já fez. Animal, por sua vez, encerra do disco de forma poderosa e também inusitada, em sua melodia, do início ao fim. É sobre estar selvagemente apaixonado. Troye se despede do Bloom se sentindo um animal ao lado do menino que ama.

Esse é o segundo disco de Troye Sivan, que avança muitos passos no quesito produção. São, em sua maioria, letras fortes acompanhadas de lindas melodias. É coeso em sua mensagem de libertação pessoal e, por isso, se faz importantíssimo aos jovens que o ouvem. Peca, talvez, em ser muito sucinto e breve e, principalmente, em não ter nenhuma faixa que soe muito comercial. Falta um grande hit ao disco, uma faixa memorável e que toque muito pra todo mundo. Troye conseguiu seu espaço como artista pop, mas ainda é deixado muito para nicho pela mídia. O artista ainda precisa florescer para o mundo. Bloom, entretanto, é um lindo primeiro desabrochar.


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