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Hot hot hot: 15 anos de The Pussycat Dolls

O The Pussycat Dolls é um dos grupos de maior sucesso mundial, celebrando quase duas décadas com alguns dos maiores hits da música pop.

O The Pussycat Dolls é um dos grupos femininos de maior sucesso mundial, celebrando quase duas décadas com alguns dos maiores hits da música pop.


VA história do The Pussycat Dolls é mais longa do que o público provavelmente tem conhecimento. Fundado originalmente em 1995 pela coreógrafa Robin Antin, o grupo feminino nasceu como uma trupe burlesca formada por nomes como Christina Applegate Carmen Elektra.

Ao longo dos oito primeiros anos, a trupe permaneceu performando em casas artísticas de Los Angeles como um show de burlesco moderno. É apenas em 2003 que a primeira transformação (e a mais importante) acontece, quando Robin Antin dá início a empreitada musical do grupo.

A formação final do The Pussycat Dolls, como grupo musical. Da esquerda pra direita: Jessica, Ashley, Melody, Nicole, Carmit e Kimberly.

Com um contrato assinado com a Interscope Records, o The Pussycat Dolls deixa de ser uma trupe e passa a operar como um grupo de seis mulheres. Lideradas por Nicole Scherzinger, o PCD (sigla oficial do sexteto) foi completado com Melody Thornton, Ashley Roberts, Jessica Sutta, Kimberly Wyatt e Carmit Bachar (a única oriunda da trupe original).

 

Dominação PCD

Capa do álbum “PCD”

Talvez pelo talento, talvez pelo apelo sexual, talvez pelo combinado dos dois, o The Pussycat Dolls encontrou uma fama meteórica com a sua estreia como um grupo musical. Já com uma bagagem midiática pré-primeiro single (com aparições em filmes, videoclipes e até premiações), as seis garotas alcançaram a segunda posição da Billboard Hot 100 com Don’t Cha, o carro-chefe do vindouro primeiro álbum.

PCD, o disco de estreia, provou-se um sucesso financeiro. Produzido e composto por grandes hitmakers da época, como will.i.am, Timbaland, CeeLo Green, Keri HilsonKara DioGuardi e Diane Warren, o compilado vendeu mais de três milhões de unidades, ainda atingindo a quinta posição da Billboard 200. Seis singles de sucesso e uma indicação ao Grammy de 2007, na categoria de Melhor Melhor Performance Vocal Pop por um Dupla ou Grupo, com a música Stickwitu, ainda marcam a história primária do grupo.

Com os primeiros anos frutíferos, o The Pussycat Dolls se consagrou como um dos grupos femininos de maior sucesso mundial. As músicas pop com a união do R&B e do hip-hop, além de elaboradas coreografias, garantiram às seis mulheres uma carreira sólida e uma legião gigantescas de fãs. E com um anúncio de um segundo álbum, o grupo viu seu legado se expandir para a televisão.

 

PCD: a busca

Pôster do reality

Com a dominação PCD varrendo o mundo, o grupo iniciou uma busca para uma expansão no seu corpo de integrantes. A jornada, no entanto, se estenderia para todo o território estadunidense, em um concurso popular televisionado em formato de reality show. Pussycat Dolls Present: The Search for the Next Doll estreou em março de 2007 no canal The CW, como um reality de competição de oito episódios.

No curso da série, o público acompanhou nove jovens mulheres duelando em um jogo de talento. Mentoradas pela própria Robin Antin e seu time de profissionais, elas se aperfeiçoavam no canto e na dança na esperança de durar até o final e se tornar o sétimo membro do The Pussycat Dolls.

Em tarefas como gravar vocais em estúdio, performar no Pussycat Dols Lounge, em Las Vegas, e até se apresentar no palco com as Pussycat, o programa coroou Asia Nitollano como a Próxima Doll. A artista, no entanto, desistiu de ingressar o grupo poucos meses após ganhar o reality, optando seguir carreira solo. Paralelamente, o The Pussycat Dolls acabou indo de seis para cinco integrantes.

 

Adeus, PCD

Capa do álbum “Doll Domination”

Encabeçado pelo single When I Grow Up, as The Pussycat Dolls retornaram em 2008 com um segundo álbum – e, desta vez, sem a presença de Carmit Bachar. Doll Domination chegou as lojas em 2008, em uma aprovação mista tanta da crítica quanto do público. Diferente do primeiro álbum, o segundo não teve o mesmo sucesso comercial, embora tenha alcançado a quarta posição da Billboard 200.

Mesmo acompanhadas de uma equipe criativa de peso, como Darkchild, Esther Dean, Missy Elliott, Kara DioGuardi, Timbaland, Ne-Yo e Hit-Boy, o PCD começou a se deparar com o início de seu declínio. O relançamento do compilado em 2009 não garantiu a permanência definitiva do sexteto, gerando ainda mais atrito criativo entre as integrantes. De acordo com a mídia, a gota d’água aconteceu com o lançamento de Jai Ho! (You Are My Destiny), versão norte-americana para a música-tema do filme Quem Quer Ser Um Milionário? (2008).

A estreia da música foi marcada pela vontade de Nicole Scherzinger, a líder do grupo, ser creditada na faixa como uma das artistas participativas junto ao cantor indiano A.R. Rahman. Não só o crédito indicava uma vontade de se lançar como artista solo, mas também era o martelo final para o desmembramento do PCD – apesar do álbum em questão trazer, pela primeira vez, faixas apresentando as demais integrantes, que cantavam em solo. E, ainda que Hush Hush; Hush Hush tenha sido lançada três meses após Jai Ho!, como o segundo single do Doll Domination 2.0 (e sexo da linha), o The Pussycat Dolls anunciou um hiatus temporário em 2010 – logo em seguida oficializado como o fim da banda.

 

Spin-off PCD

Ao longo da década de 2010, com o fim do The Pussycat Dolls, Robin Antin nunca cessou a vontade de replicar o sucesso de sua criação original. O primeiro lance foi com a tentativa de tornar o grupo Girlicious, formado em 2008 na segunda temporada do reality show Pussycat Dolls Presents, em uma banda pop mainstream. Mas, sem sucesso, o grupo se desfez em 2011 após dois álbuns de pouco burburinho.

The Pussycat Dolls em 2008, na primeira formação como quinteto – sem Camit.

O segundo lance foi a tentativa de um novo grupo spin-off. Antin, no entanto, não teve sucesso, e o Paradiso Girls, formado por cinco integrantes de diferentes países (inclusive uma do reality The Search for the Next Doll), lançou apenas dois singles em um curto período de dois anos em atividade.

O terceiro e provavelmente mais famoso dos lances aconteceu em 2012, quando Robin Antin anunciou o reboot do The Pussycat Dolls. O grupo, no entanto, não acabou assumindo o manto PCD, operando sobre o nome G.R.L. – o título, inclusive, fazia alusão ao motivo pelo qual as Pussycat haviam desmembrado, com Robin falando que a falta da letra i na palavra Girl (garota, em inglês) era porque não teria espaço para i (eu, em inglês) no grupo.

Três singles e um EP marcaram os três anos da banda feminina, que foram capazes de atingir um moderado sucesso com a música Ugly Heart. Mas um trágico fim aguardava o quinteto, quando a integrante Simone Battle cometeu suicídio em 2014. O episódio levou o G.R.L. a lançar um single de despedida com a música Lighthouse, dedicada para Battle e servindo de uma campanha de prevenção de suicídio do grupo.

 

PCD: o retorno

Com a indústria do entretenimento passando por uma fase de revisitações de clássicos, o mundo da música passou a gerir reencontros e retornos de artistas e bandas que haviam entrado em hiatus permanente no passado. Assim, Robin Antin foi capaz de finalmente reunir sua mais sucedida criação, com o The Pussycat Dolls retornando oficialmente em 2019.

A aguardada reunião do PCD aconteceu quase uma década após o anúncio do fim. Com uma apresentação na final do The X Factor: Celebrity, spin-off do reality britânico de competição musical, o The Pussycat Dolls retornou aos palcos com uma apresentação em medley de Buttons, When I Grow Up e Don’t Cha, além de uma pequena preview do então inédito single de retorno, React. Desta vez, o grupo retornaria apenas com cinco de suas seis integrantes originais, com Carmit Bachar assumindo o espaço de Melody Thornton.

Com a estreia em cadeia nacional no Reino Unido, o grupo iniciou sua nova fase da “melhor” forma possível: a apresentação no The X Factor foi marcada por mais de 400 reclamações ao órgão regulador televisivo da Grã-Bretanha, que acusavam a performance de ser demasiada sexy e de roupas extremamente vulgares – duas das principais identidades visuais do grupo.

Apesar de sentirem que esse seria o momento certo de retorno do The Pussycat Dolls, as garotas acabaram encontrando um impecilio maior para realizar o sonho. Com uma turnê mundial já marcada, que passaria pelo Brasil pela primeira vez, e o lançamento de um novo álbum, o PCD acabou sendo forçado a adiar o retorno de escala global devido a pandemia do COVID-19. Assim, parte das datas do The Pussycat Dolls Tour foram remanejadas para 2021, enquanto o próximo disco permanece sem previsão.

Por mais que o futuro próximo do The Pussycat Dolls esteja parcialmente nublado, os quinze anos de história do grupo provam que a banda é uma das mais importantes da música pop. São mais de 55 milhões de álbuns vendidos globalmente, fazendo delas o sexto grupo feminino de maior sucesso financeiro do mundo. Junto a isso, elas são responsáveis por um legado de músicas dançantes e coreografias memoráveis, mesclada a uma narrativa visual de empoderamento e sensualidade.

The Pussycat Dolls na formação atual como quinteto – com Carmit, sem Melody

Agora, resta apenas torcer para que o retorno expanda ainda mais o sucesso do atual quinteto e torcer para que a vacina do coronavírus venha logo para que apresentação no Brasil permaneça. E como dizem as meninas em diversas de suas músicas: hot hot hot!

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