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Roger Waters: “Us+Them” passa pelo Brasil

Em 2018 o Brasil receberá diversas atrações musicais como os shows dos cantores Ozzy Ozsbourne e Eddie Vedder (vocalista do Pearl Jam), além de bandas com grandes bases de fãs como Gorillaz e Radiohead. Em outubro, Roger Waters realizará a sua maior turnê no Brasil, visitando sete locais, dos quais estão às cidades de Belo Horizonte, Salvador e São Paulo. Os ingressos já estão a venda pelo site ticketsforfun.com.br, e variam entre R$300 (150 meia) à R$720 (360 meia).

Roger Waters é um cantor perfeccionista e extremamente dedicado ao seu trabalho. Para ele a música é como uma viagem por dentro de nós, e claramente consegue passar isso para o público de forma magistral. As suas músicas são compostas por versos narrativos e literários, com melodias atmosféricas e grandiosas. O seu show é todo bem pensado pela produção, para atingir altos níveis de adrenalina nos expectadores, em que o sentimento vai à flor da pele. Um exemplo claro, é da inspiração para turnês do álbum The Wall, em que um muro é construído durante o show, evidenciando a paranoia que Waters tem diante do público.

A sua turnê em 2018, chamada de “Us+them” contará com os maiores sucessos do Pink Floyd, como os álbuns Animals (1977), Dark Side of the Moon (1973), Wish You Were Here (1975) e The Wall (1979), além de faixas do primeiro álbum solo lançado em 2017 pelo cantor Is this the life we really want?. Waters sempre se apresentou para plateias grandes, como no seu último show no Brasil, em 2012, com a sua turnê de The Wall, contando com mais de 70 mil pessoas no estádio do Morumbi, em São Paulo. Em uma apresentação realizada no México neste ano, ele atraiu um público de 300 mil que pode presenciar as inúmeras críticas e sátiras ao atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Durante o show, no single Pigs (Three Different Ones)”,  Waters surpreendeu o público quando a sua produção soltou um balão em forma de porco com ofensas se referindo ao presidente. Em maio desse ano, o artista publicou em sua página oficial do Facebook uma foto de Michel Temer em tom de crítica, referindo-se aos brasileiros com o seu novo álbum Is this the life we really want?, aumentando as expectativas dos fãs a respeito de um possível cunho político durante o seu show no Brasil.

O cantor sempre teve um grande legado desde a sua época como integrante do grupo Pink Floyd. As músicas compostas por Waters sempre apresentaram críticas em suas nuances, como em algumas composições de The Wall que a todo tempo fazem menção às mortes causadas por guerras, principalmente a Segunda Guerra Mundial, com a dominação nazista. Já nos versos de “Another Brick in the Wall. Pt.2”, há um posicionamento forte contra um controle mental que o governo britânico exercia nas crianças da época. Além disso, seu pai, Eric Waters foi um soldado morto em batalha contra alemães, o que serviu de inspiração para o artista trabalhar me suas composições do álbum.

Com o estouro em 1970, Pink Floyd alcançou sucesso mundial, até quando em 1985 Roger Waters resolveu deixar os seus ex-companheiros de carreira devido a “diferenças criativas”. Dois anos antes, o álbum The Final Cut havia sido lançado e composto inteiramente por Waters. No entanto, os outros integrantes da banda (David Gilmour, Mason e Richard Wright) continuaram a produzir, e lançaram os grandes álbuns de estúdio A Monetary Lapse of Reason e The Division Bell, que inclusive, serviu de inspiração para fazer o álbum de 1994 The Endless River, considerado por muitos , inclusive Gilmour, como o  álbum que marca o fim do Pink Floyd.

https://www.youtube.com/watch?v=QWLBtMz5OuY

Mesmo após os anos 2000, Roger Waters continua a se afirmar como um dos cantores mais influentes e comercialmente bem-sucedidos da história, mantendo a expectativa por sua próxima turnê no Brasil tão efervescente quanto as melodias e críticas de suas composições.


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