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Depois de roubar os olhares do mundo da música, Khalid retorna com seu novo EP, "Suncity", para mostrar que ainda tem muito a oferecer

Depois de roubar os olhares do mundo da música, Khalid retorna com seu novo EP, “Suncity”, mostrando que ainda tem muito a oferecer.


QQuando lançou seu primeiro álbum, American Teen, em 2017, Khalid alcançou feitos admiráveis mesmo que ainda muito jovem. Seu primeiro single Location alcançou a 16º posição da parada Billboard Hot 100. Além disso, o artista recebeu cinco indicações ao Grammy e ainda levou para casa prêmio de Artista Revelação no Billboard Awards, em 2018, e no MTV Video Music Awards, em 2017.

Agora, o cantor de 20 anos retorna as paradas com a estreia do seu mais recente trabalho musical. O EP Suncity faz uma grande homenagem à cidade em que foi criado, questiona relacionamentos e o lugar que ocupa em sua carreira, apresentando a decisão do artista de se consolidar de vez no cenário pop e R&B mundial.

Em recente entrevista à revista norte-americana Billboard, o performer comentou sua relação com a fama.

Eu nunca vou pensar em fazer um disco de sucesso. Só vou ao estúdio com pessoas que amo e respeito e vejo o que acontece. É mais sobre conhecer meus colegas e colocar nosso coração e alma na música, e esperamos que (o resultado) seja algo de que ambos nos orgulhemos.

Seu novo lançamento é composto por sete faixas, incluído a já conhecida Better. Nesse projeto, Khalid trabalhou com os produtores Charlie Handsome, DIGI, DJDS, John Hill e Rogét Chahayed, responsáveis por grandes sucessos da indústria musical contemporânea como Mac Miller, Post Malone, Ariana Grande e Kanye West.

 

Faixa a Faixa

O álbum abre com 9.13, uma interlude que apresenta um ambiente de calmaria proporcionado pela harmonização de vocais. Em seguida, esse clima é contrastado por uma voz que anuncia o cantor como o detentor da chave da cidade de El Paso, no Texas, local onde Khalid morou durante a adolescência. Tanto a fala quanto o nome da música fazem referência ao episódio ocorrido em 13 de setembro de 2018, momento em que Khalid foi homenageado pelo prefeito. Na ocasião, em seu Instagram, o artista comentou e agradeceu a honraria.

Eu quero deixar o meu muito obrigado ao prefeito Dee Margo e à cidade de El Paso por me dar a chave da cidade. Eu realmente não imaginava. Nunca senti como se eu pertencesse ou tivesse uma casa antes de me mudar para El Paso. Muito feliz em poder espalhar a felicidade/ positividade que esta cidade me dá, para o mundo.

Em seguida, Vertigo apresenta o que parece uma sequência natural do trabalho apresentado no seu primeiro álbum. Uma baladinha com violinos, que deixa a melodia grandiosa, e o beat típico do R&B, que tem ganhado as rádios pelo mundo. É nessa música que Khalid abre espaço para questionamentos e lembranças sobre o caminho que percorreu até chegar neste momento de sua carreira.

Saturday Nights é a composição que “joga seguro”, mostrando a conexão do artista com seu público e nos reafirma um ídolo jovem, tratando de assuntos que parecem naturais na idade dele. A letra sobre o conflito de relacionamento com os pais e as dificuldades enfrentadas para viver um romance são embalados por um violão, que lembra bastante uma característica marcante do produtor Charlie Handsome e que nos remete à música Go Flex, de Post Malone, também produzida por ele.

Em sequência, Salem’s Interlude chega como o momento de preparar terreno para a música mais ousada do álbum. Com reflexões sobre insegurança, medos e próximos passos, a faixa nos lembra Be Yourself, do último álbum de Frank Ocean, ao apresentar versos que aparecem em uma voz feminina e com sonoridade de um recado deixado em uma caixa mensagens.

Logo após, vem o ponto alto do álbum: Motion. Com uma produção impecável, o artista arrisca seus vocais em uma região, ainda, pouco explorada em suas músicas. A canção é simples, limpa e sem grandes firulas, que embora nos remeta a trabalhos do cantor Miguel, Khalid consegue imprimir personalidade em seus falsetes. Tudo funciona muito bem, inclusive o sample de sua própria música, Better, ao final da canção. Escolhida pra ser o primeiro single desse EP, a faixa segue a formula que vem dando certo para o artista, até então. Refrão chiclete e batidas que contagiam. O interessante é que embora a música pareça uma versão 2.0 de American Teen, os produtores são outros.

A faixa homônima ao EP, Suncity encerra a coletânea com uma parceria com Empress Of, projeto solo da cantora e compositora Lorely Rodriguez, que possivelmente será o grande hit desse compilado de músicas. Embora não apresente muita originalidade, a canção permite que Khalid se jogue em um reggaeton, incluindo algumas frases em espanhol. No entanto, poderia ser gravado por qualquer outro artista do momento – uma tentativa, dispensável, de mostrar versatilidade.

Mesmo que deixando as canções OTW, parceria com Ty Dolla $ign e 6LACK, e Eastside, com Halsey e Benny Blanco, de fora desse projeto, Khalid entrega em Suncity uma coletânea autoral poderosa e interessante, que demonstram ainda mais todo potencial do artista e o alavanca para um novo patamar em sua carreira.


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