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Ed Sheeran retorna ao Brasil para uma nova leva de shows da “Divide Tour”, entregando um mix de choro, emoção e tudo o que os fãs tem direito.


Quase dois anos depois da sua última visita ao Brasil, o cantor Ed Sheeran voltou mais uma vez para finalizar a turnê mundial de Divide, seu terceiro disco. Em maio de 2017, o britânico veio para promover o mesmo álbum e realizou shows em Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. Dessa vez, o número de apresentações foi reduzida, sendo dois em na capital paulista e um em Porto Alegre.

O primeiro evento aconteceu no dia 13/02 e fez a estadia do cantor no país começar com o pé direito. Na realidade, o encontro foi tido como um “show extra”, uma vez que os ingressos para ver o artista no dia 14 esgotaram rapidamente. Quem abriu o show foi Michael Rosenberg, mais conhecido como Passenger, dono do hit Let Her Go. E, para a surpresa de muitos, Passenger não era uma banda e sim um cantor com um violão. Michael, inclusive, brincou sobre isso durante sua performance, o que arrancou muitas risadas da plateia. Seu show começou pontualmente às 19:45, horário que estava previsto, e durou até 20:30.

Ainda que seja conhecido apenas por Let Her Go, ele cantou outras canções autorais e apresentou um cover de The Sound of Silence. O artista estava visivelmente ansioso, visto que era sua primeira visita à América Latina. A plateia, apesar de não conhecer as músicas, foi muito receptiva e arriscou-se em cantar os refrões.

Depois de um ótimo show de abertura, os equipamentos de Ed foram posicionados e arrumados no palco, com o artista subindo com uma pontualidade britânica impressionante. Como de costume, começou cantando Castle on the Hill, que sempre é a primeira em todos os shows. Em seguida, apresentou Eraser e depois um medley de Don’t com New Man. Em sequência, cantou Dive, emocionando a plateia; Bloodstream com toda a explosão sonora; Happier que vem carregada de sentimentos; e Tenerife Sea, para deixar todo mundo ainda mais apaixonado. Depois, outro medley, dessa vez com All of the Stars, Lego House e Give Me Love.

Posteriormente, cantou Galway Girl, que contagia toda a plateia a cantar bem alto; seguida pelo medley de Feeling Good e I See Fire. Para completar a noite e fazer todo mundo chorar, Sheeran trouxe o trio da sofrência: Thinking Out Loud, Photograph e Perfect. Finalizando essas canções, saiu do palco por alguns minutos e voltou usando uma camisa do Brasil ao som de Sing, que quebrou todo o romantismo anterior. E, claro, não deixou de fora Shape of You, primeira canção a alcançar dois bilhões de reproduções no Spotify em 2018. Para finalizar, You Need Me, I Don’t Need You, antes de uma saída triunfal que deixou todo mundo em êxtase e com gostinho de quero mais.

Um dos pontos mais fortes dos shows do britâncio são os telões que combinam perfeitamente com a música que está sendo cantada. Em Bloodstream, por exemplo, as telas são preenchidas por intensos tons de vermelhos. Já em Photograph, podemos apreciar fotos de sua infância. Os telões também fazem ilusões de ótica, dando a impressão que o palco está se movendo, o que torna toda a apresentação bem mais dinâmica e especial.

O maior diferencial dos shows de 2019 foram os equipamentos trazidos pelo cantor. Em seus últimos show na América Latina, ele era acompanhado somente de seus violões e guitarras. Contudo, dessa vez o evento foi completo e com truques sonoros. Esses equipamentos são pedais e microfones, preparados para reproduzir batidas e backing vocals. Dessa forma, as músicas ficam bem mais parecidas às gravações em estúdio. Todavia, o show né majoritariamente parecido com o de 2017. Ainda que algumas músicas tenham sido trocadas, o setlist é semelhante e a única novidade são os efeitos sonoros – o que não é de todo um choque, já que não houve nenhum lançamento desde sua última visita ao Brasil.

De forma geral, as produções de Ed Sheeran são excelentes. Mesmo que haja uma enorme equipe por trás do evento, ele é a única figura do palco e faz tudo acontecer sozinho. Tem discursos cativantes e emocionantes, fala sobre suas experiências pessoais e ainda convida todos a se divertirem e cantarem o mais alto que puderem. É um show atraente e fascinante do início ao fim.


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