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"Procurando Nemo" completa 15 anos como uma das animações mais queridas da Pixar – e com uma expansão 13 anos após o lançamento original.

“Procurando Nemo” completa 15 anos como uma das animações mais queridas da Pixar – e com uma expansão 13 anos após o lançamento original.


P“P Sherman, 42 Wallaby Way, Sydney”, “Quando a vida te decepciona, qual é a solução? Continue a nadar! Continue a nadar! Continue a nadar, nadar, nadar… Para achar a solução, nadar”, “Os peixes são amigos, não comida” e “Procurando Nemo, onde é que ele está? Eu quero saber como chegar lá”. Essas são algumas das icônicas frases do filme Procurando Nemo, lançado em 2003 em uma parceira entre os estúdios Disney e Pixar, e que entrou para a história como uma das animações mais rentáveis de todos os tempos, arrecadando um total de 921 milhões de dólares ao redor do mundo.

 

Procurando Nemo

Procurando Nemo retrata a história de Marlin (Albert Brooks), um peixe-palhaço que se tornou um pai super protetor, após perder sua ninhada e sua esposa depois do ataque de uma barracuda. Apenas um ovo da ninhada sobreviveu ao ataque, de forma que Marlin decide criar Nemo (Alexander Gould) com todo o cuidado do mundo, ainda mais que o seu filho tem uma nadadeira defeituosa e apresenta certa dificuldade para nadar. Contudo, toda essa preocupação em excesso se torna prejudicial para a relação entre pai e filho, principalmente, quando Nemo decide começar a frequentar a escola do Tio Raia (Bob Peterson). Enquanto Nemo se empolga com a possibilidade de fazer novos amigos e conhecer mais coisas além da anêmona onde mora, Marlin se preocupa, uma vez que considera o oceano um lugar extremamente perigoso e que seu filho não está pronto para frequentar a escola.

A tensão entre pai e filho é muito grande ao ponto de gerar uma briga entre eles, quando Nemo desobedece ao seu pai e nada para fora do recife onde estavam. Ele queria provar que era capaz de encostar em um barco que estava ali perto, enquanto Marlin defendia fortemente que seu filho não era capaz de se aventurar tanto devido a sua nadadeira defeituosa.  É nesse momento que Nemo acaba sendo capturado por dois mergulhadores que estavam no local, que o colocam no barco e o levam para muito longe.

Desesperado, Marlin tenta nadar o mais rápido possível para alcançar o barco onde seu filho estava, chegando a se aventurar no mar aberto, mesmo sabendo dos perigos que aquele ambiente representava, ainda mais para ele, um peixe-palhaço, que estava acostumado a viver na segurança de sua anêmona e em seu recife. Na busca para encontrar o seu filho, Marlin conhece Dory (Ellen Degeneres), uma cirurgiã-paleta que sofre perda de memória recente. Juntos os dois enfrentam várias aventuras na tentativa de achar o Nemo: eles conhecem um grupo de tubarões vegetarianos, fogem de um peixe-pescador-das-profundezas, se deparam com uma floresta de águas-vivas, fazem amizades com um bando de tartarugas amigáveis e pegam carona com uma baleia.

Enquanto isso, Nemo foi levado para um aquário de um dentista onde ele conhece outros peixes que acabam se tornando seus amigos: Bubbles (Stephen Root), um cirurgião-amarelo; Gurgle (Austin Pendleton), um royal gramma; Gil (Willem Dafoe), um moorish idol; Deb/Flo (Vicki Lewis), uma striped damselfishJacques (Joe Ranft), um camarão cleaner shrimp; Peach (Allison Janney), uma estrela-do-mar; e Bolota (Brad Garrett), um baiacu. Juntos eles armam um plano para conseguir escapar do aquário e retornar para o oceano, como o próprio Gil reforça: “Peixes não foram feitos pra ficar numa caixa, garoto. Isso faz mal”.

O filme retrata a trajetória cheia de aventuras e emocionante de pai e filho tentando se reencontrar, mesmo que pareça ser algo muito improvável. Na época em que foi lançado, Procurando Nemo arrecadou 70,3 milhões de dólares somente em sua estreia e acabou se tornando um dos maiores sucessos da Pixar.

 

Dificuldades

As primeiras pesquisas para a produção de Procurando Nemo começaram em 1997, seis anos antes de sua finalização, e até que ele fosse lançado o diretor Andrew Stanton e a equipe da Pixar precisaram superar alguns desafios ao longo do percurso. Um dos primeiros obstáculos a ser superado foi tentar dar ao público a sensação de que a história se passava debaixo da água, dessa forma a equipe da Pixar realizou diversas pesquisas de campo, visitas a museus e até mesmo aulas de mergulho. Tudo foi feito para que o público tivesse uma experiência que fosse fiel à realidade. Contudo, a primeira ambientação não atingiu o resultado que Stanton estava esperando, a impressão que dava era de que a história se passava em uma piscina. Foram necessárias mais tentativas para se obter o resultado esperado.

Outro desafio encontrado pela equipe foi a recriação de ambientes do oceano. Como Marlin e Dory viajaram por diferentes profundidades e pontos do Oceano Pacífico, foi estabelecida uma paleta de cores que acompanhava os personagens em cada momento da historia. Porém, isso não era o suficiente para diferenciar os ambientes. A equipe da Pixar teve que pensar nos pequenos detalhes como as partículas que estariam na água, ou a forma que os raios solares incidiam no oceano. Pensando nesses detalhes e levando em consideração o ecossistema como um todo, os cenários foram ganhando vida.

Por último, a equipe de Procurando Nemo teve que encontrar uma forma de dar emoções aos peixes, e entender como eles se movimentavam. Uma das inspirações que eles usaram para fazer as feições dos personagens foram os cachorros, que com um movimento de sobrancelhas conseguem indicar suas emoções. Já a questão da locomoção, os animadores estudaram por meses e tiveram aula com um professor de fisiologia para entender o que era essencial para que os personagens se mexessem como peixes. Essa dificuldade aconteceu pelo fato de que os animadores estavam acostumados a dar movimento para personagens bípedes, então eles foram obrigados a adaptar suas técnicas a uma linguagem corporal diferente.

 

Continue a Nadar

Depois de 13 anos do lançamento de Procurando Nemo, o filme ganhou uma sequência que chegou aos cinemas brasileiros em junho de 2016: Procurando Dory. Os acontecimentos se passam um ano após o primeiro filme, e começa com Dory tendo flashbacks sobre o seu passado, que até então era uma verdadeira incógnita para o público. Junto dessas memórias, Dory apresenta uma súbita vontade de tentar reencontrar com seus pais, ao se lembrar vagamente que eles viviam na “Jóia de Morro Bay, Califórnia”.

Uma viagem tão grande como essa pode apresentar seus riscos, ainda mais para um peixe como Dory, que sofre de perda de memória recente e que às vezes é um pouco ingênua. Dessa forma, tanto Marlin quanto Nemo (Hayden Rolence) decidem acompanhar a amiga nessa aventura até a Califórnia.  Como de costume, essa trajetória acabou sendo marcada por algumas aventuras: o reencontro com os velhos amigos Crush (Andrew Stanton) e Esguicho (Bennett Dammann), e uma luta com uma lula gigante. Além disso, o trio acaba se metendo em confusões no Instituto de Vida Marinha (local para onde Dory acaba sendo levada, e Marlin e Nemo vão para regatar ela).

Além de apresentar personagens antigos e tão queridos pelo público de Procurando Nemo, em Procurando Dory há a adição de mais personagens que acabam integrando à trama como Destiny (Kaitlin Olson), uma tubarão-baleia míope; Bailey (Ty Burrell), uma baleia beluga que acredita que perdeu a sua capacidade de ecolocalização; Hank (Ed O’Neill), um polvo vermelho que possuiu sete tentáculos e que tem medo de viver na natureza devido uma experiência traumática do passado; e Charlie (Eugene Levy) e Jenny (Diane Keaton), os pais de Dory.

O filme ultrapassou a renda mundial de um bilhão de dólares. Na época, este foi o segundo filme da Pixar a alcançar o bilhão e o décimo segundo filme da Disney. Procurando Dory recebeu uma avaliação de 94% no Rotten Tomatoes, também sendo foi muito bem recebido pelo público.

Quando foi lançada, Procurando Nemo quebrou recordes nas bilheterias norte-americanas, mostrando que a franquia tem um potencial muito grande e que ainda tem muito a oferecer. Por mais que não tenha sido anunciada, se haverá uma nova sequência ou não, não muda o fato de que Marlin, Nemo e Dory marcaram a infância de muitas crianças e vão permanecer para sempre em nossos corações.


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