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A nostalgia de "O Rei Leão" compensa qualquer falha do novo filme e compartilha com os novos fãs a emocionante história de Simba.

Disney lança o aguardado remake em live-action de O Rei Leão e leva novos e velhos fãs da animação ao cinema.


CChegou aos cinemas de todo o mundo o tão esperado remake do clássico O Rei Leão (1994), dos estúdios Disney. Com uma nova forma de animação hiper-realista em 3D e com um elenco de peso, que inclui a cantora Beyoncé e Donald Glover nos papéis principais, o filme chegou como um dos mais esperados lançamentos do estúdio deste ano. Por todo o mundo, diversas salas de cinemas foram enchendo as sessões com antigos fãs e também com públicos mais jovens, não acostumados a rebobinar a antiga fita verde para ver o longa. No entanto, o remake que tinha tudo para repetir o sucesso da década de 90 e acabou decepcionando quem foi com grandes expectativas.

 

O Rei Leão

Em todos os sentidos, o novo O Rei Leão se trata de um remake, seguindo exatamente os mesmos caminhos da animação original, apenas em uma versão mais tecnológica. E toda essa tecnologia não supera o fato de ser apenas uma história repetida, e em certo nível se torna até um estorvo para o longa. Aparentemente, o diretor Jon Favreau e sua equipe responsável pela animação esqueceram que se tratava de um musical, deixando os animais em diversas cenas sem mexer a boca ao cantarem canções extremamente expressivas.

Com um público majoritariamente de adultos agora, a Disney perdeu a oportunidade de apostar em cenas mais dramáticas mostrando toda a agressividade que existe no mundo dos leões, já que a grande aposta era mimetizar a natureza dos animais. As cenas onde Scar mostra todo o seu drama e sarcasmo ficaram mais obscuras mas sem força alguma, devido ainda a falta de expressividade dos personagens. Se a ideia era trazer a sutileza que os felinos apresentam na natureza, faltou uma pesquisa de campo, já que em algumas das cenas mais dramáticas é difícil identificar qualquer sentimento, mesmo no olhar.

O jovem Simba ao lado deu seu vilanesco tio, Scar

No quesito voz, a personagem Nala pode ter perdido um pouco da força para aqueles que assistiram a versão com a dublagem brasileira. Por mais que a cantora IZA tenha uma voz incrível e dê uma interpretação magnífica a canção Nesta Noite o Amor Chegou (Can You Feel the Love Tonight, na versão em inglês), sua voz não parece se encaixar muito na personagem, soando às vezes mais alta e fora de sincronia em relação ao resto do filme. A cantora já tinha dito que teve apenas acesso a suas próprias falas, sendo esse talvez o motivo de sua voz ter ficado tão destoante do restante dos outros personagens – já que esse problema não pareceu ser algo que acometeu aqueles que assistiram a versão onde Beyoncé dubla a personagem.

Deixando de lado estes erros, O Rei Leão é um prato cheio para a nostalgia. A oportunidade de rever uma história lançada há quase 25 anos no cinema é capaz de despertar emoções guardadas em nossos corações há muito tempo. As savanas africanas estão de tirar o fôlego e o filme sabe muito bem aproveitar todo o gasto que teve com a computação gráfica nesta ambientação. As paisagens são diversas vezes mostradas em planos abertos, nos deixando boquiabertos com sua perfeição e o realismo. Ainda, os animadores também abusaram muito das cenas em slow motion para mostrar cada pequeno detalhe de cada um dos animais.

Nala e Simba em suas versões adultas, dublados por Beyoncé e Donald Glover

O filme ainda nos traz a oportunidade de ouvir a clássica trilha sonora de Elton John sendo reinterpretada por artistas que gostamos tanto. É impossível não se arrepiar com o prólogo onde o pequeno Simba é apresentado a todo o reino ao som de Ciclo sem Fim / Circle of Life, assim como é extremamente difícil nos segurar para não cantarmos Hakuna Matata (pt / en) junto com Timão e Pumba – que são, de longe, os personagens que mais fazem jus a animação original.

 

O Presente

Além das canções clássicas, fomos também agraciados com o The Lion King: The Gift, lançado por Beyoncé e inspirado pela obra.

https://www.youtube.com/playlist?list=PLEvc2BQD0tkvCaSn5Vzer6VFKp_GFt4JD

O álbum conta com a participação de diversos artistas, incluindo Childish Gambino, o alter ego músico de Donald Glover, intérprete de Simba. Com interlúdios de diversos atores que dão voz aos personagens, como James Earl Jones – mesmo intérprete do Mufasa desde 1994 –, a obra conta com uma aura mística embalada pela voz da cantora.

Os grandes destaques ficam, principalmente, para a canção Spirit, que ganhou clipe, e para Brown Skin Girl, com a participação de Blue Ivy, filha primogênita da cantora. As outras canções que complementam o disco inspirado pelo filme (um total de 27, contando os Interludes) são uma expansão da obra cinematográfica e um presente para os fãs – assim como o nome sugere.

Mas, a final, vale a pena ir ao cinema ver O Rei Leão? Se você está tendo dúvidas, talvez seja melhor não ir e rever a animação clássica, enquanto espera o novo filme ser lançado em BluRay. Se você se animou com a possibilidade de poder reassistir a história que marcou a sua infância, a dica é que: sim, vale sim muito a pena! A nostalgia consegue compensar qualquer falha que o longa tenha, proporcionando a oportunidade de reviver muitas alegrias e compartilhar com os fãs mais novos a emocionante história do longa metragem.

No fim das contas, O Rei Leão segue arrecadando espectadores em um ciclo sem fim.

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