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O documentário O Menino Que Fez Um Museu apresenta a tocante história de um garoto inspirador que transforma sua realidade por meio da arte.

O Menino Que Fez Um Museu é um documentário instigante, que mostra um Brasil repleto de arte pelo olhar de Pedro Lucas, de apenas 11 anos. O garoto de Dom Quintino, distrito do Crato, no Ceará, fez um museu simples, mas repleto de cultura e da história do cantor Luiz Gonzaga, com todos os adereços que tinha, sejam discos ou o marcante chapéu de Lampião, usado por Gonzaga. Essa história encantou não só o Ceará, como está encantando o Brasil inteiro.

Sérgio Utsch, o jornalista correspondente de Londres pela SBT de São Paulo é um dos apreciadores dessa bela história. A ideia do longa começou a ser esboçada em um trem saindo da Ucrânia. Ele e o seu cinegrafista Louis Blair vinham de coberturas muito pesadas. Além do conflito no leste da Ucrânia, e da tomada da Criméia pelos russos, eles também cobriram inúmeros atentados terroristas e a Batalha de Mossul no Iraque. No meio desses confrontos, o que eles já tinham era o projeto de gravar um documentário no Brasil. A inspiração final veio de um vídeo no Facebook, em que Pedro Lucas mostrava a sua própria criação: o museu feito em homenagem a Luiz Gonzaga.

https://www.youtube.com/watch?v=Mmyt-AF1JZ4

Utsch, Blair e o jornalista Fábio Damasceno, ao chegarem no Ceará gravaram intensamente por dez dias. Não foi difícil gravar, segundo Sérgio, pela desenvoltura que o garoto tinha com as câmeras e pela liberdade que os três tinham de criar. Eles usaram sete câmeras diferentes (entre elas um drone), além de terem a criatividade de fazerem também entrevistas e imagens em movimento. Uma dessas entrevistas é de Fatima Correira, que foi professora da família de Pedro Lucas. Ela, que também é poeta, escreveu um cordel para o menino; essa cena é capturada de forma que faz todas essas técnicas casaram-se muito bem. É possível perceber apenas pelo trailer do longa-metragem que tudo foi muito bem construído e criado: a fotografia, a composição de cores, e os detalhes cênicos geraram uma grande manifestação artística.

Louis Blair, tinha o olhar de quem conhecia o Brasil pela primeira vez, o que foi essencial para suas filmagens, e Fábio Damasceno possui técnicas mais jornalísticas, e opta por  trabalhar mais a luz e posicionar o entrevistado. Eles criaram um documentário que conquista o telespectador pela beleza e diversidade da nacionalidade brasileira. Sérgio conta que não tinha muita esperança no mercado nacional, devido a narrativa ter sido construída para um público estrangeiro, explicando detalhadamente o que é aquele Brasil construído na perspectiva de Pedro Lucas. E Sérgio foi surpreendido, O Menino Que Fez Um Museu conquistou um dos principais palcos do cinema brasileiro, a Mostra de Tiradentes.

Cena do documentário de Sergio Utsch, “O Menino que Fez um Museu”

No dia 22 de janeiro, na estréia oficial do filme, durante a sua exibição no Cine Praça em Tiradentes, começou a chover, e ao mesmo tempo que algumas pessoas foram embora, muitas ficaram embaixo de árvores e guarda-chuvas assistindo e apreciando a cultura brasileira presente em cada particularidade do documentário.“A diretoria do Festival queria parar o filme, mas não pôde porque muita gente ficou até o fim pra assisti-lo”, conclui Sérgio. Segundo ele, foi muito emocionante ter o seu longa abençoado pelas montanhas de Minas Gerais e espera que O Menino Que Fez Um Museu ganhe visibilidade no cenário mundial, com a bela história de Pedro Lucas.


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