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"Mulan" chega aos 20 anos do seu lançamento sendo um dos filmes mais icônicos da Disney, com um legado intocável.

“Mulan” chega aos 20 anos do seu lançamento sendo um dos filmes mais icônicos da Disney, com um legado intocável.


AAo contrário do que muitos divulgaram em 2013, não foram Elsa e Ana que quebraram o paradigma da mocinha indefesa salva pelo príncipe encantado nos filmes infantis. Há 20 anos, a personagem Mulan estreava nas telonas do mundo inteiro vencendo o exército Huno, com sua coragem e astúcia. Na época, a adaptação foi muito bem recebida pelo público e pela crítica, obtendo, inclusive, indicações ao Globo de Ouro e ao Oscar, por sua trilha sonora que inspira pequenas heroínas até hoje.

https://www.youtube.com/watch?v=MYjoy1XRAzY

O filme conta a história de uma jovem que procura provar seu valor, após fracassar no cumprimento de algumas tradições sociais da China imperial, governada pela dinastia Han. Com a invasão do exército Huno, um homem de cada família deveria servir ao exército chinês, podendo o filho mais velho se voluntariar no lugar do pai. Porém, Mulan era filha única, e, como mulher, seu alistamento era proibido. Então, mesmo debilitado, seu pai, Fa Zhou, se compromete a lutar por sua pátria mais uma vez. Após tentar convencê-lo, sem êxito, de que já havia muitos jovens para defender o país, Mulan rouba a armadura de seu pai e foge no meio da noite, em direção ao centro de treinamento militar. E, é ai que grande aventura começa.

Com a partida de Mulan, a esperança da família é de que ela desista no caminho e volte para casa, pois caso fosse descoberta, sua sentença seria a morte. Para ajudá-la, sua avó pede ajuda aos seus ancestrais, e a cena seguinte talvez seja a mais cômica de todo o longa. Ao acordarem, os espíritos discutem qual seria o melhor guardião da família para salvar a jovem e, vendo a oportunidade de retomar o seu pedestal, o dragão Mushu, junto ao grilo da sorte, Gri-Li, parte ao encontro de Mulan no intuito de fazê-la conquistar grandes honras no exército.

Confiante com seus novos aliados, ela se empenha em ganhar o respeito dos outros guerreiros e do comandante, Lee Shang. O caminho foi difícil, mas apesar dos obstáculos, Mulan conquista a amizade e, até mesmo a admiração de seus colegas. Porém, aos olhos do conselheiro imperial, Chi Fu, a tropa do jovem comandante não está preparada para o combate e apenas após receber uma carta falsa escrita por Mushu e Gri-Li, eles marcham para se unirem ao exercito principal.

Ao chegarem, a tropa encontra o acampamento arrasado pelo exercito Huno, o que significava que eles eram a última esperança do Imperador. O caminho mais rápido era pela passagem Tuc Shau, mas o homens de Shan-Yu estavam a espreita para uma emboscada. A derrota seria inevitável, mas é nesse momento que Mulan faz seu segundo ato heroico. Com visão estratégica, ela utiliza o último explosivo para provocar uma grande avalanche, da qual apenas seis guerreiros Hunos sobrevivem.

Mas, este ainda não seria o grande triunfo de Mulan. Ferida no combate, o exército descobre que o grande guerreiro que eles agora tinham como herói, era uma mulher. O dever do comandante Lee Shang era matar a jovem, mas por ela ter salvo sua vida, ele decide poupá-la, causando o alívio de seus amigos e a fúria do conselheiro Chi Fu. Assim como hoje, Mulan precisa provar seu valor várias vezes para ser reconhecida. E, foi pouco antes de voltar para casa, que a jovem assiste os Hunos saírem da neve em direção a cidade imperial.

Enquanto o exército de Lee Shang é recebido com festa pela população, Mulan tenta avisá-los de que a batalha ainda não acabou, mas eles não lhe dão ouvidos. Nesse momento a jovem questiona o comandante do por que dele não confiar nela como antes. Essa é uma cena que gera em toda criança uma insatisfação com a desigualdade sofrida até hoje, e isso é o que mais encanta nesse filme. Seu caráter político, promovendo mudanças de pensamento e conduta desde a infância. E, claro, o melhor fica para o final.

Mulan, Lee Chang e Mushu são os principais protagonistas dessa aventura da Disney

Mulan estava certa em não comemorar a vitória. Quando o Imperador aparece para cumprimentar os guerreiros, ele é raptado pelos Hunos que o fazem refém dentro de seu palácio. Depois de falharem uma vez por ignorância, o exército chinês decide aceitar as ordens de Mulan que, ao fim, se torna a grande heroína da China. Além de derrotar Shan-Yu, ela salvou seu pai, seu comandante e o imperador. Talvez, a cena mais emocionante seja a de todos ao redor dela, se curvando em sinal de respeito.

Determinada, confiante e inteligente, essa é Mulan, uma personalidade das animações infantis que representa tudo que toda garota deve almejar ser. O roteiro foi baseado em uma lenda chinesa datada entre 386 e 557 d.c e já se passaram 20 anos desde que o ocidente conhece Mulan, portanto, é indiscutível o caráter atemporal dessa história. Atualmente, são poucos os países que contam com alistamento obrigatório para os dois sexos e, na maioria deles, apenas homens podem integrar o grupo de Armas-Base, que engloba cavalaria e infantaria.

“Meus maiores presentes e honra são ter você como filha”

Em 1995, Pocahontas já havia rompido alguns padrões, mas ela ainda dividia os holofotes com John Smith, herói por salvar seu pai, Powhatan. Mulan é a única princesa da Disney que protagoniza verdadeiramente cada uma das vitórias em seu filme.

 

Live Action

Em 2020, Mulan vai dominar as telonas mais uma vez. Segundo o Omega Underground, as filmagens do live-action começaram em janeiro deste ano, com locações na ChinaNova Zelândia. A atriz chinesa Liu Yifei, uma das atrizes mais populares desta geração em seu país, viverá a protagonista no longa. Além de Yifei, o filme trará Donnie Yen como Comandante Tung, uma nova versão de Lee Shang, e o veterano Jet Li, como o Imperador. Também foram confirmados na equipe de produção o coordenador de dublês Allan Poppleton de Avatar (2009), o supervisor de efeitos visuais Sean Andrew Faden de Power Rangers (2017), e a designer de figurinos Bina Daigeler conhecida por seu trabalho na série Narcos.

A influência da heroína está presente na direção do filme, que será realizada por Niki Caro, ainda pouco reconhecida no mercado norte-americano das grandes produções cinematográficas. A diretora revelou que a produção será um musical e trará o elenco soltando a voz, o que foi uma ótima notícia para os fãs. Já o roteiro está sob o comando de Rick Jaffa e Amanda Silver.

De acordo com o Hollywood Reporter, a produção foi adiada em quase dois anos. A estréia que estava prevista para 2 de novembro de 2018, acontecerá no dia 27 de março de 2020, mas não há informação se o adiamento afetará o cronograma de filmagens. Enquanto isso, os fãs permanecem ansiosos pelo reencontro com Mulan.


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