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"Liga da Justiça Sombria: Guerra de Apokolips" finaliza o primeiro universo animado da DC em um filme cheio de emoção e personalidade.

“Liga da Justiça Sombria: Guerra de Apokolips” finaliza o primeiro universo animado da DC em um filme cheio de emoção e personalidade.


BSete anos marcam o início e o fim da linha temporal estabelecida pelo Universo de Filmes Animados da DC (DCAMU, na sigla original). Liga da Justiça Sombria: Guerra de Apokolips é a conclusão de uma série de 15 longas que reúnem uma dezena dos mais icônicos personagens da editora, em arcos inspirados pel’Os Novos 52.

Neste universo, iniciado em 2013 com o Liga da Justiça: Ponto de Ignição, acompanhamos muitos dos nossos heróis favoritos enfrentarem ameaças como A Liga dos Assassinos, Orm/Mestre dos Oceanos, o Esquadrão Suicida, Trigon, o Exterminador, Lex Luthor e, claro, Darkseid. Ao fim, vemos a Liga da Justiça, os Jovens Titãs e a Liga da Justiça Sombria coexistindo em um mesmo universo, por vezes se cruzando e trabalhando juntas.

Liga da Justiça Sombria: Guerra de Apokolips é a coalisão de todos esses heróis, que se vêem diante da eminente ameaça de Darkseid (Tony Todd). Ele, que é o maior vilão da DC, planeja tomar controle sobre a Terra e institui-la como mais uma no seu reino de terror. Afim de evitar que isso aconteça, o supergrupo de super-heróis, liderados por Superman (Jerry O’Connell), Mulher-Maravilha (Rosario Dawson) e Batman (Jason O’Mara), decide invadir Apokolips, lar do vilão, e derrota-lo. Mas as coisas não saem como planejado, colocando John Constantine (Matt Ryan), “líder” da Liga da Justiça Sombria, como a peça central para reverter o erro cometido por nossos heróis.

 

E vem Guerra!

O filme dirigido por Matt Peters e Christina Sotta é o perfeito exemplo de como a DC é superior no quesito animação. Diferente das suas versões live-action, os roteiristas destes animados sabem muito bem como construir um universo compartilhado coeso e bem estruturado, entregando alguns dos melhores filmes animados da empresa – como Mulher Maravilha (2009), Batman: A Piada Mortal (2011), Batman: O Cavaleiro das Trevas (2012 e 2013) e A Morte do Superman (2018).

 

Liga da Justiça Sombria: Guerra de Apokolips entende para quê veio e para onde vai – e este é o motivo de adotar a faixa Sombria, ao invés de ser mais um filme estrelado pela Trindade. Guerra de Apokolips precisa ser um filme pesado e sombrio para dar a devida importância para o peso de seu grande vilão. E ao colocar John Constantine como protagonista, um personagem tão ambivalente e tão sustentado pelo vício da bebida, conseguimos entender melhor qual é o peso desta realidade.

Darkseid é o oponente, tão poderoso que força o grupo de vilões do Esquadrão Suicida a se inclinar e lutar lado a lado à Liga da Justiça. Um mundo controlado por Darkseid é um mundo perdido. Mas um mundo onde o Superman ainda caminha, mesmo que sem poderes, é um mundo de esperança. São dois contrapostos que, de certa forma, se balanceiam e criam a atmosfera de uma das melhores animações da DC. É um filme envolvente, dramático e cheio de tensão e horror.

 

Mentes Brilhantes

Para aqueles com um “olho” mais treinado, é impossível não comparar Liga da Justiça Sombria: Guerra de Apokolips com o que o cineasta Zack Snyder imaginou para o seu trilogia de live-actions da Liga da Justiça. A animação é basicamente uma cópia muito bem entregue da ideia de Snyder. Temos a união dos heróis, uma viagem extra-espacial até Apokolips, o Planeta Terra no controle de Darkseid e tomado por parademônios, e até mesmo um Superman que recai sobre os poderes do temido vilão. Tudo, a partir de uma visão mais adulta e uma roupagem mais obscura.

Tudo bem que não tem como colocar creditar absolutamente a ideia à Zack Snyder. Mas é difícil não traçar esse paralelo. É a história do diretor que o mundo falou que não tinha interesse em ver, mas que em Guerra de Apokolips é aplaudida e aclamada pelos críticos – e com devida razão, diga-se de passagem.

Liga da Justiça Sombria: Guerra de Apokolips é o capítulo final perfeito para uma saga de filmes fortes e muito bem inspiradas, atendendo diferentes públicos e sendo capaz de causar mínima discórdia no que tange a qualidade. Os 90 minutos do animado são suficiente para construir a sua própria atmosfera como um longa singular e concluir a franquia a quão pertence. E vemos que mesmo diante de tamanha atrocidades proferidas por Darkseid em seu reinado, há sempre espaço para um esperançoso recomeço.

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