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Com a estreia de "Banana Split", Netflix aposta em mais uma comédia romântica adolescente para entreteter no verão estadunidense.

Com a estreia de “Banana Split”, Netflix aposta em mais uma comédia romântica adolescente para entreteter no verão estadunidense.


AAh o verão… sinônimo de sombra, água fresca e novos filmes de comédia romântica disponíveis na Netflix. Não é novidade para ninguém que o serviço de streaming vem investindo nesse gênero já há algum tempo, especialmente para o público jovem – e são inúmeros os títulos. Como a estação é marcada pelos momentos de descontração, Banana Split vem para agradar a galera teen e, dessa vez, com um ator pra lá de especial: Dylan Sprouse.

Banana Split , disponível inicialmente apenas no Canadá e Estados Unidos, é um dos projetos que marca a volta de Dylan para as telinhas depois de uma pausa de seis anos na carreira. O enredo gira em torno da improvável amizade entre duas garotas, April (Hannah Marks) e Clara (Liana Liberato), durante o verão. A grande questão narrativa que gera todo o conflito é que Clara está namorando com Nick (Dylan Sprouse), o ex de April, e é justamente este o motivo de elas se tornarem amigas.

https://www.youtube.com/watch?v=M7lTbOvQM40

Banana Split tem a típica história que, antes mesmo de assistir, você já sabe as consequências dos conflitos que provavelmente são gerados no início do filme. É uma produção bastante previsível e com uma narrativa já vista em diversas produções audiovisuais, mas que ainda despertam o interesse do público jovem. Os personagens não são bem desenvolvidos, você não conhece nem um pouco da história deles, nem as motivações e dificuldades. Na verdade, tudo é muito raso e o foco fica totalmente voltado para a amizade das personagens e o fato de que ambas gostam e namoram o mesmo garoto.

Apesar dos problemas de roteiro, a história vem agradando muitas pessoas justamente pela amizade ser o foco central. Diferentemente da maioria dos filmes adolescentes, Banana Split não provoca uma rivalidade feminina, indo pelo caminho contrário e criando uma amizade muito bonita entre duas garotas – que, devido a questões amorosas, estão dentro de um contexto em que essa rivalidade seria muito bem explorada em outras produções. Claro que elas vão ter problemas por causa do personagem do Dylan Sprouse, afinal de contas, as duas possuem sentimentos por ele e cada uma criou uma história diferente com Nick, mas a ideia é justamente mostrar que a amizade das duas é muito mais importante do que um garoto.

A comédia fica por conta dos personagens secundários, principalmente Agnes (Addison Riecke), irmã mais nova de April, e Ben (Luke Spencer Roberts), melhor amigo de April e Nick. Os dois são um show à parte e em vários momentos roubam a cena, deixando um gostinho de quero mais, mas que para a tristeza de muitos acaba não acontecendo. Agnes tem pouquíssimo tempo de tela e por mais que Ben esteja presente em vários momentos, ele é só um elemento extra da narrativa.

Banana Split é um filme muito fácil de se relacionar, já que provavelmente você passou ou conhece alguém que passa por uma situação parecida. Apesar de não ficar explícito, a história é mostrada a partir do ponto de vista de April e mesmo assim é possível ver como os outros personagens realmente se sentem com o envolvimento das duas e como eles lidam com a teia de mentiras e emoções reprimidas que se criam por causa dessa amizade.

É apenas um problema central, mas que afeta todos e são nesses momentos que o público se relaciona mais, uma vez que diversos outros conflitos são provocados por causa da imperfeição do outro. São essas imperfeições que tornam as relações humanas, e as protagonistas erram muito antes encontrarem o caminho certo.

O que fica de Banana Split é um apelo para que novas produções cinematográficas tenham um foco maior em relações de amizade entre mulheres e menos ênfase nessa rivalidade criada pela sociedade. É muito legal acompanhar o desenrolar de uma amizade, como os amigos ocupam um espaço tão importante da vida de alguém e a forma como essas relações podem contribuir para o crescimento e desenvolvimento pessoal de um indivíduo. Claro que para isso ser bem executado o roteiro precisa ser bem mais profundo e os personagens desenvolvidos, fica a dica para os estúdios!

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