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"A Escolha Perfeita 3" não consegue manter o nível e falha no roteiro, mesmo fazendo um excelente trabalho no departamento musical.

“A Escolha Perfeita 3” não consegue manter o nível e falha no roteiro, mesmo fazendo um excelente trabalho no departamento musical.


OO terceiro e último filme da franquia A Escolha Perfeita foi lançado dia 22 de dezembro nos Estados Unidos (sem chegar aos cinemas brasileiros), colocando um fim à história das cantoras a cappella que conquistaram tanto corações desde 2012, quando o primeiro longa foi lançado. Contudo, não foi tão bem recebido pelo público.

Depois de formarem na faculdade, as Barden Bellas não estão levando uma vida dos sonhos. As garotas descobrem que o mundo adulto é, muitas vezes, feito de trabalhos desgastante e mal remunerados.

https://www.youtube.com/watch?v=E1KYa7h5W1A

O filme começa com a protagonista Beca Mitchell (Anna Kendrick) pedindo demissão do seu trabalho. Apesar de estar na área musical, seu cargo de produtora está muito longe do que ela considera como emprego ideal. No mesmo dia, Beca se encontra com Fat Amy (Rebel Wilson), Chloe (Brittany Snow) e as outras Bellas para, juntas, decidirem que precisam de mais um momento cantando em conjunto, decidindo participar da USO Tour, uma organização estadunidense que dá suporte moral às tropas no exterior. Na turnê, as Bellas irão entreter os soldados e entrar em uma competição, cujo prêmio é participar dos shows do DJ Khaled.

Apesar de ter tido dois filmes de sucesso, A Escolha Perfeita 3 não conseguiu ter tanto êxito na última edição. A aprovação do público foi baixíssima e as críticas se mostraram bastante insatisfeitas. Ao longo da história, percebemos que as personagens não tiveram nenhum crescimento pessoal desde o primeiro filme. Por mais que sejam teoricamente adultas e recém-formadas na faculdade, continuam parecendo meninas adolescentes, deixando toda a trama bastante imatura.

Fica nítido que a produção tenta deixar o enredo mais diferente e fugir um pouco da história original, mas sem muito sucesso. Os acontecimentos se desenrolam tão rapidamente que perdem o sentido e o telespectador acaba esquecendo o que realmente está a acontecer. O roteiro até tenta mesclar um pouco de ação, pecando no excesso e surpreendendo de forma negativa. As cenas mais “diferentes” acabaram ficaram grotescas e não combinaram com a pegada musical, tornando o filme, no final das contas, um emaranhado de histórias que não se conectam.

Na trama do terceiro filme, as Bellas procuram por seu lugar no mundo durante a USO Tour, que visa homenagear as tropas

Além disso, Anna Kendrick revelou ter rejeitado uma parte do roteiro. Segundo a atriz, sua personagem teria uma relação amorosa com o novo chefe, tirando o foco da cantora em seguir seus sonhos sozinha. A atriz também foi contra a ideia de fazer as meninas usarem roupas mais curtas e sensuais, o que deixaria o filme bem machista e cheio de objetificação do corpo das meninas.

Assistir A Escolha Perfeita significa esperar ver as Bellas transformando qualquer tipo de música em um coral a cappella, com direito a roupas combinando e coreografias perfeitamente sincronizadas. Assim, as performances das Bellas continuaram sendo muito bons. O grupo entregou versões maravilhosas de Toxic, de Britney Spears, Cake By The Ocean, do DNCE, Freedom! ‘90, de George Michael, e Boom Boom, de Iggy Azalea com Zedd, mantendo o estilo de performance das meninas e dando um acerto para a produção.

https://www.youtube.com/watch?v=515lLZS082U

Contudo, nenhum filme é sustentado apenas por sua música. O maior erro de A Escolha Perfeita 3, talvez, tenha sido pensar que apenas boas canções a cappella iriam bastar para que o sucesso fosse mantido, e deixaram de lado todo o resto. Mas pelo menos foi dada a oportunidade de despedir das icônicas Barden Bellas. Que vocês descansem em paz.


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