fbpx
Com o lançamento do filme "Liga da Justiça", fazemos um apanhado do caminho da Liga até chegar as telonas (com crítica do longa!).

Com o lançamento do filme “Liga da Justiça”, fazemos um apanhado do caminho da Liga até chegar as telonas. Ainda, crítica e lista de easter eggs do filme.


Nota do Colab: Esse texto é contém sérios spoilers! Se você não assistiu, pelo menos, Homem de Aço, aconselho não seguir a leitura a partir dos filmes live-action.

 

VVisto pela primeira vez em 1960, a Liga da Justiça é uma das mais famosas equipes de super herói do mundo. Criada pela DC Comics durante a conhecida “Era de Prata” dos quadrinhos, a Liga é constituída por diversos personagens dos quadrinhos, tendo o Super Homem, Mulher-Maravilha e Batman como os membros honorários do time, levando o título de capitães.

Ao longo de seus mais de 50 anos de existência, a Liga já contou com algumas formações diferentes, desenhos animados, animações, séries de tv em live-action e, em 2017, o seu primeiro filme com atores reais, como parte do Universo da DC.

 — Saiba tudo sobre o #ReleaseTheSnyderCut 


Bem Vindos à Terra-1

Quando apareceu nos quadrinhos, em 1960, na edição #28 da série de quadrinhos O Bravo e o Audaz, a Liga da Justiça da América (LJA) nasceu como uma versão Terra-1 de uma outra equipe de heróis conhecida como a Sociedade da Justiça da América, que patrulhada o mundo na Terra-2. A “versão alternativa” original reunia versões originais de personagens como o Lanterna Verde e o Flash, enquanto os outros membros eram heróis como Sr. Destino, Homem-Hora, Gavião Negro e Espectro. Os quadrinhos, embora populares durante seus anos iniciais, em 1940, acabaram sendo cancelados em 1951, colocando um fim na equipe, que dez anos depois teve alguns de seus membros repaginados e colocados como parte da Liga, na Terra-1.

Com a sua primeira aparição, a Liga foi então formada pela Mulher-Maravilha, Superman, Batman, Flash, Aquaman, Lanterna Verde e Ajax, o Caçador de Marte, fazendo deles os “Sete Magníficos” e vindo a ganhar o primeiro volume de sua série de quadrinhos já em novembro de 1960. É, entre eles, que está a famosa Trindade, formada pelos três super-heróis mais famosos da DC como um todo: Maravilha, Super e Batman.

Embora tenha diferentes origens da Justice League of America, no original (JLA), a primeira é datada de 1962, estabelecendo uma união entre os heróis após a invasão da raça alienígena Appelaxianos na Terra. Em 1977, no entanto, um dos quadrinhos mostra que o Arqueiro Verde encontra certas inconsistências na História da LJA, descobrindo, assim, que a união só aconteceu realmente quando os membros do time foram à Marte resgatar Ajax.

Desde então, a LdJ contou com diversos membros, como o Ciborgue, Arqueiro Verde, Canário Negro, Gavião NegroMulher-Gavião, Zatanna, Homem-Elástico e Shazam (originalmente conhecido como Capitão Marvel). Durante a sua trajetória, a equipe contava, principalmente, com dois quartéis-generais: o Hall da Justiça e a Torre de Vigilância.

 

Superamigos

Um dos desenhos animados de super-heróis mais famosos do mundo real é Superamigos. Criado pela Hanna-Barbera, o piloto foi ao ar em 1973 pelo canal norte-americano ABC. O desenho aproveitava do sucesso da equipe e trazia diversos membros da Liga em aventuras semanais , que duraram 109 episódios ao longo de nove temporadas, indo ao ar ao longo de 13 anos.

A série animada trouxe os Sete Magníficos ao lado de personagens como a Mulher-Gavião, os icônicos Supergêmeos e Arqueiro Verde, além da super-equipe de vilões conhecida como Legião do Mal. Entre os seus membros malígnos estavam Lex Luthor, Gorilla Grodd, Brainiac, Charada, Espantalho, Bizarro e Solomon Grundy, misturando, assim, os antagonistas dos diferentes arcos de personagens que se uniam aos Superamigos.

 

Sem Limites

Foi apenas em 2001 que a Liga voltou a ganhar um desenho animado próprio, 15 anos após o fim do Superamigos. Liga da Justiça foi ao ar pelo Cartoon Network até 2004, durando duas temporadas e contendo 52 episódios, com episódios de 20 minutos, indo ao ar semanalmente.

Na série, a Liga se une após a invasão de uma raça alienígena vagamente baseada nos Marcianos Brancos. O episódio triplo de estreia contou com a presença do Super-Homem, Batman, Mulher-Maravilha, Flash, Lanterna Verde, Mulher-Gavião e Ajax. A formação quase que original dos heróis permaneceu intacta até o final da série, trazendo também sua própria versão da Torre de Vigilância, que, neste caso, ficava em órbita próximo à Terra.

Com o fim de Liga da Justiça, a Cartoon começou a exibir, no mesmo ano, Liga da Justiça Sem Limites, numa espécie de spin-off/continuação. Com três temporadas e 39 episódios, essa versão trouxe uma JLA maior, trazendo heróis como Aquaman, Mera, Supergirl, Arqueiro Verde, Senhor Destino e Zatana, além dos super-vilões Lex Luthor, Darkseid, Brainiac, Lobo da EstepeCoringa.

O ciclo Sem Limites terminou em 2006, sendo bem recebida pela crítica e pelo público. Nos Estados Unidos, reexibições aconteceram até 2014, enquanto no Brasil as séries continuam na grade. Os desenhos também abriram porta para o que ficou conhecido como o Universo Animado da DC.

 

Universo Animado

Enquanto o universo cinematográfico da DC não aparecia, a empresa começou um universo animado de seus personagens, focando, especialmente, na Liga e em seus membros. O primeiro filme animado do Universo foi em 2008, com o Liga da Justiça: A Nova Fronteira, adaptado de um quadrinho de mesmo nome, sendo bem recebido pela crítica.

Logo em seguida, em 2010, veio o Liga da Justiça: Crise em Duas Terras. A animação tinha surgido, inicialmente, em 2004, como uma ponte entre as séries animadas Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites, sendo então retrabalhado para retirar as referências, devido à grande demora de lançamento. Também baseado em um quadrinho, o filme também ganhou críticas positivas e ganhou uma sequência intitulada Liga da Justiça: A Legião do Mal, em 2012.

A franquia animada seguiu com Liga da Justiça: A Guerra (2011) e a sequência Liga da Justiça: O Trono de Atlantis (2015), Liga da Justiça: Ponto de Ignição (2013), Liga da Justiça: Deuses e Monstros (2015) e Liga da Justiça vs. Jovens Titãs (2016).

 

Smallville

Embora não seja um dos mais amados produtos live-action dos fãs, a série Smallville, da The CW, é uma importante marca para a adaptação da Super Equipe para o mundo de carne osso. Com Tom Welling no corpo de Clark Kent, o Superboy, o programa seguia a adolescência do kryptoniano.  A nomeclatura Super Homem nunca chegou a ser usada para designar Clark, uma vez que a história era focada no background do heróis antes de tornar o fio de esperança da humanidade.

Com 10 temporadas, uma versão da Liga da Justiça começou a ser formada mais para a segunda metade do seriado. O episódio 6×11, Justice, por exemplo, trouxe Clark ao lado de Oliver Queen (Arqueiro Verde), Arthur Curry (Aquaman), Bart Allen (uma espécie de Flash) e Victor Stone (Ciborgue) trabalhando juntos parar com um dos laboratórios secretos da LuthorCorp, do vilão Lex Luthor. Em Smallville, os personagens foram interpretados, respectivamente, por Justin HartleyAlan RitchsonKyle GallnerLee Thompson YoungMichael Rosenbaum.

A Liga de Smallville ainda contou com aparições da Supergirl (Laura Vandervoort), Canário Negro (Alaina Huffman), uma versão adaptada do Ajax conhecido como John Jones (Phil Morris), Gavião Negro (Michael Shanks), Stargirl (Britt Irvin) e o Gladiador Dourado (Eric Martsolf).

A série ainda trabalhou com uma versão inicial da Torre da Vigilância, um quartel super-tecnológico comandando pela melhor amiga da Clark, Chloe Sullivan (Allison Mack). O quartel-general foi visto mais para o final da série, quando Clark começa a aceitar os eu destino de super-herói e trabalhar junto à equipe.

O time, inclusive, quase ganhou uma versão televisiva da Mulher-Maravilha, mas devido aos planejamentos iniciais para um filme da Liga e uma série solo da super-heroína, a CW teve que desistir da ideia e apenas citar a personagem em uma fala, atribuindo sua existência no universo. O momento icônico acontece quando Chloe conta à Clark que esteve buscando outros meta-humanos pela Terra, e se depara com uma “mulher maravilhosa” em sua jornada.

 — Saiba tudo sobre o #ReleaseTheSnyderCut 

 

Liga da Justiça: Mortal

Um ano antes da Marvel Studios dar o pontapé em seu próprio Universo Extendido Cinematográfico, com Homem de Ferro (2008),a DC deu início à produção de Justice League Mortal. O filme seria dirigido por George Miller, responsável pela franquia Mad Max, e traria, pela primeira vez na história, toda a Liga da Justiça reunida.

De todas as produções da DC que acabaram sendo canceladas, este foi o filme que chegou mais perto de ser filmado, tendo reunido todo o seu elenco para uma foto épica pouco tempo antes do início das filmagens. A película contava com D. J. Cotrona como o Super-HomemMegan Gale como a Mulher-Maravilha, Armie Hammer como Batman, Adam Brody como o FlashCommom como o Lanterna VerdeSantiago Cabrera como Aquaman e Hugh Keays-Byrne como O Caçador Marciano, Ajax.

A ideia do filme era um tanto polêmica. A Warner Bros. queria que a película fosse toda filmada através do processo de captura de movimentos, que resultou no bem recebido Beowulf (2007), gerando um orçamento de US$ 200 milhões. Enquanto isso, a história seria envolta na fúria de Batman com os meta-humanos, levando-o a construir um exército de robôs para ficarem no lugar dos membros da Liga da Justiça. Seu plano dá errado, e ele acaba criando em uma Legião do Mal de Inteligências Artificias, precisando da ajuda da Liga para detê-los.

Com a Greve dos Roteiristas em 2008, a Warner precisou dar um pause na produção, vendo que o roteiro precisava de ser aperfeiçoada e a greve não deixava ninguém trabalhar. Com o seu fim, a Warner retornou a produção do filme, agora indo para o Canadá.

O filme, no entanto, foi cancelado logo depois. Um documentário sobre a turbulenta produção do filme, com filmagens exclusivas da pré-produção e todas as artes conceituais que foram usadas para projetar o filme, foi anunciado para 2016, mas nunca chegou a ser lançado. Pôster de divulgações foram liberados ainda em 2015.

 

Action!

Foram necessários 10 anos para a Liga voltar para a televisão. Com episódios de 15 minutos, Justice League Action estreou em 2016 na Cartoon Network. Com uma temporada até então, a série animada já conta com 45 episódios exibidos (o último irá ao ar em janeiro de 2018), exibidos semanalmente pelo canal norte-americano.

Nessa versão da Liga, a Trindade retorno ao lado de Arqueiro Verde, Ajax, Lanterna Verde, Shazam, Gavião-Negro, Zatanna, entre outros. Vilões como Lex Luthor, Coringa, General Zod, Adão Negro e Lobo da Estepe também retornam em arcos.

No Brasil, a série estreou em janeiro de 2017.

 

Junte-se à Liga

Quando em 2014 o CEO da Warner BrosKevin Tsujihara confirmou a lista de filmes da DC Comics marcados para produção até o ano de 2020, foi impossível não se animar com as informações reveladas. Apesar de, até aquele momento (e talvez até hoje), a Marvel estar nadando de braçadas no mercado, os anúncios da Warner prometiam uma construção de universo compartilhado com os maiores heróis da editora, sendo que alguns deles são os personagens mais conhecidos da história.

Passados três anos, em que vimos as produções conturbadas e os criticados lançamentos de Batman v Superman: A Origem da Justiça (2016) e Esquadrão Suicida (2016), além da estreia do esperançoso e melhor filme da DC Comics, Mulher-Maravilha (2017), reencontramos este universo em seu momento mais importante: a união da Liga da Justiça.

Com o Universo estabelecido com Homem de Aço (2013), após a invasão e derrota do General Zod (Michael Shannon), o mundo conhece e se apaixona pelo Superman (Henry Cavill), tratando-o como uma espécie de deus. O status do alter-ego de Clark Kent incomoda Bruce Wayne (Ben Affleck), que, como Batman, vê o herói como uma grande ameaça para o mundo, além de uma pessoa desprovida de compaixão, uma vez que seu duelo contra Zod destrói boa parte de Metrópolis e Gotham City.

Com o duelo terminando com o polêmico “Save Martha“, Batman e Superman se unem para derrotar Darkseid, uma criação abominável de Lex Luthor (Jesse Eisenberg), nascido a partir do corpo de Zod. O duelo também conta com a presença de Diana (Gal Gadot), que após décadas nas sombras, finalmente volta a reaparecer como a Mulher-Maravilha, formando os primórdios da Trindade.

A batalha, no entanto, acaba causando a morte de Superman e, com um sentimento de culpa, Bruce pede a ajuda de Diana para ir atrás de meta-humanos dispostos a formar uma super equipe para defender a Terra de futuros ataques. E assim, deu-se início à Liga.

 

Liga da Justiça em Problemas

O filme, que seria o quarto do Universo DC, teve o inicio de sua produção em 2016, dois anos após o anúncio. Nas mãos de Zack Snyder, as filmagens aconteceram ao longo de todo o ano, já estabelecendo que a película teria uma abordagem mais leve do que Homem de Aço ou BvS, afim de aquietar o público que não estava comprando muito a ideia de um universo mais sombrio, afim de se distanciar dos filmes coloridos e família da Marvel.

O ano de 2017 foi marcado de novidades para o filme, boas e ruins. O marketing de Liga da Justiça girou todo em torno da ausência do Superman, criando o clímax para o filme. As artes de divulgação omitiam a presença de Clark, que foi visto, oficialmente, em apenas uma ou duas peças publicitárias. Até mesmo os trailers trabalhavam com uma ideia obtusa sobre o esperado retorno do herói, que ganhou uma abordagem diferente do que a explorada nos vídeos. Junto, as frases de efeito mais usadas eram o “Una(-se) a Liga” e “Você Não Pode Salvar O Mundo Sozinho”, trocando algumas das letras pelos símbolos oficiais de cada um dos cinco personagens principais.

Os momentos pré estreia de Liga também foi marcado pelo anúncio mais chocante da franquia: devido o suicídio de sua filha, Zack Snyder se distanciou da pós-produção do filme, colocando-os na mão de Joss Whedon. A notícia pegou o mundo de surpresa, tanto pela tragédia familiar quanto pela presença de Whedon no Universo DC, uma vez que o cineasta foi responsável por estabelecer o Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla original), e ter dirigido Os Vingadores (2012).

 — Saiba tudo sobre o #ReleaseTheSnyderCut 

Na época, a DC garantiu que a presença de Whedon não era tão nova assim dentro do Universo. O diretor já estava envolvido com o filme antes do anúncio, trabalhando lado a lado com Zack Snyder na produção do filme. É devido essa proximidade que Zack escolheu, pessoalmente, Joss para seguir com a pós-produção de Liga e ficar responsável pelas refilmagens, que seriam iniciadas poucos meses após o anúncio.

Assim, o filme acabou ganhando duas abordagens diferentes: a de Snyder, e a de Whedon. A diferença criativa é perceptível já nos trailers: enquanto o primeiro lançado é mais escuro e mais parecido com o color visual de Snyder (embora seja mais claro que de costume), o último é muito mais vívido e colorido, com um filtro que destaca as cores.

https://www.youtube.com/watch?v=H0Z7ewOXCKw

A direção, no entanto, ficou, oficialmente, apenas creditada à Snyder, com a estreia do filme nos cinemas. Whedon levou o crédito de roteirista, ao lado de Chris Terrio, também responsável por BvS. Terrio também divide a ideia do filme com Snyder.

Ainda que na época do anúncio da “troca” de diretores, a recepção não tenha gerado tanta polêmica (além de como seria o produto final e quem seria credita como), o lançamento da película acabou gerando ruídos nesse quesito. Fãs e críticos ficaram divididos em determinar o quanto do filme é Snyder e o quanto é Whedon, uma vez que o produto final se assemelha mais à visão de Joss (o que é compreensível, uma vez que ele ficou responsável pela pós-produção), supostamente passando por cima de decisões feitas por Zack., como o esquema de cores, a constância de piadas e o desenvolvimento narrativo.

A insatisfação foi tamanha que uma petição online foi criada pedindo que a Warner libere oficialmente uma versão “do diretor”, mostrando a visão de Snyder para Liga da Justiça, com a trilha-sonora original de Junkie XL, que havia sido substituído por Danny Elfman com a saída do diretor. A decisão, é claro, fica de responsabilidade da Warner, mas não chega a ser impossível uma vez que tanto BvS quanto Esquadrão ganharam versões estendidas quando lançadas em home media (DVD/BluRay/streaming).

As refilmagens de Liga, natural em todo e qualquer filme de grande produção, também geraram polêmicas e notícias para o mundo do entretenimento. Não só as regravações levaram muito mais tempo que o esperado e US$ 10 milhões a menos nos cofres da Warner, como o momento foi marcado pela presença do bigode de Henry Cavill.

O ator está(va), na mesma época de refilmagens, gravando o Missão: Impossível – Efeito Fallout, e o seu personagem pedia que o ator deixasse um bigodão crescer, afim de dar uma abordagem mais natural à ele. Acontece que, contratualmente, Cavill não poderia raspar o tal do bigode até o final das filmagens do MI7, que iriam bater de frente com as filmagens das novas cenas para Liga. No final, foi preciso todo um processo de remoção digital do bigode do ator, que custou ainda mais para a Warner, com especialistas estimando que só o processo para passar essa “borracha” levaria cerca de dois meses. No final, o CGI acabou gerando desconforto para o público e virou meme na internet, devido a perceptível máscara digital usada para a tal remoção, deixando todo o rosto de Cavill estranho e meio deformado. Tell me… do you shave?

 — Saiba tudo sobre o #ReleaseTheSnyderCut 

 

Come Together

A esta altura do campeonato, é impossível negar que o Universo da DC vem sendo problemático. Independente de gostar ou não dos filmes, a franquia tem sido um grande divisor de águas, beirando mais para o lado negativo. Homem de Aço foi recebido de forma mista, Batman v Superman mais morno, enquanto Esquadrão Suicida foi massacrado.

Mas então veio Mulher-Maravilha e as coisas pareciam estar caminhando para um horizonte mais claro, uma vez que o filme foi recebido de forma bastante positiva, tanto pela crítica quanto pelo público. O longa acabou tornando-se o filme de origem de super-herói mais lucrativo de todos os tempos, nos EUA. 50 pontos para Temíscira!

A expectativa por Liga da Justiça já era naturalmente grande, uma vez que o longa representa a primeira adaptação da equipe de heróis mais famosa do mundo. Mesmo não sendo assíduo do mundo do entretenimento, é difícil encontrar alguém que não conheça, pelo menos, o Superman. Com a qualidade apresentada por Mulher-Maravilha, as expectativas diante ao Universo DC mudaram um pouco, com as pessoas tendo um fio de esperança que a Warner/DC acertariam o tom e trariam um filme mais consistente e digno.

 

Liga da Justiça nas Telonas

Liga da Justiça não demora um minuto para estabelecer as mudanças de direção. A primeira cena traz um par de crianças fazendo um Perguntas & Respostas com o Superman, lançando o seguinte questionamento: o que você mais gosta na Terra? Em um primeiro momento, Clark (Henry Cavill) leva alguns segundos para pensar em sua resposta, fazendo uma pose digna de super-herói, soltando um grande sorriso quando está prestes a soltar sua resposta. O vlog, então, é terminando abruptamente e a pergunta fica em aberto. Seria Lois o que ele mais gosta na Terra? Ou talvez os próprios humanos?

É então que somos apresentados ao contínuo luto do Planeta Terra diante à morte do herói. O memorial em Metrópolis continua erguido e recebendo flores, os jornais questionam se Superman de repente não retornou à Krypton, Londres apresenta um gigantesco pano preto com o símbolo do Homem de Aço (o mais próximo que temos de um vislumbre da versão preta do uniforme do herói), enquanto, ao fundo, a trilha sonora traz a melancólica música Everybody Knows, da cantora norueguesa Sigrid.

O filme gasta o seu primeiro ato para estabelecer o que os nossos futuros heróis estão fazendo, além da jornada de Bruce Wayne (Ben Affleck) em recrutar os meta-humanos. Mas enquanto o Batman consegue fazer alguns avanços na sua pesquisa sobre os Parademônios e o que eles representam, Bruce Wayne vem tendo problemas para convencer Arthur Curry (Jason Momoa), o Aquaman, à ajudá-lo, enquanto Diana (Gal Gadot) sofre da mesma prerrogativa com Victor Stone (Ray Fisher), o Ciborgue. Na contra mão, o serelepe Barry Allen (Ezra Miller), o Flash, aceita o convite antes mesmo dele ser finalizando, alegando que ele “precisa de amigos”.

Fica bastante claro, logo de cara, que Barry e sua forma personalidade ágil e dinâmica fazem parte de todo o alívio cômico do filme. Meio como um puro “crianção” e até mesmo sem um filtro de relevância, as vezes, o Flash fica responsável pela maioria dos momentos engraçados do filme, não se distanciando muito de seu cânone dos quadrinhos ou animações. E, é claro, que grande responsabilidade disso está a cargo de Ezra Miller, que entrega as melhores reações possíveis, principalmente quando ele banca o fanboy.

Enquanto isso, o longa apresenta um Ciborgue mais obscuro, ressentido por parecer um “monstro” com o seu corpo metálico e tecnológico, formado a partir do poder de uma das Caixas Maternas (uma espécie de super-computador que É poder/vida). Se o Batman fica mais leve e “piadista” nesse filme, é o Ciborgue que toma para si o manto do super-herói sombrio e amargurado, seguindo a linha do “lobo solitário”. É ele, também, que ganha menos tempo em tela e sofre mais com o corte final, tendo quase que todo o seu background apagado da linha temporal do filme.

Liga da Justiça é trabalhado de um forma bem mais leve que os capítulos antecessores do Universo da DC (com excessão, é claro, de Mulher-Maravilha), o que acaba gerando mudanças um tanto radicais, como é o citado caso do Batman. Se em BvS, Bruce Wayne era um cara bastante solitário, nas margens do heroísmo, cansado e um tanto desapontado com o que a humanidade pode fazer, a morte do Superman e o seu sentimento de culpa diante do acontecimento parecem ter gerado um efeito profundo no herói, que muda a sua postura. O novo Bruce Wayne é perceptivelmente mais alegre, tendo algumas frases de efeitos e momentos cômicos, como a cena em que ele responde à Barry que o seu super-poder é “ser rico”.

Este Batman também é mais focado em estabelecer um vínculo com a sua equipe e servir como uma espécie de mentor para todos eles, principalmente quando se trata de Diana. Ainda que, particularmente, eu não consiga engolir a tal da “tensão sexual” que os dois compartilham dentro da película, Bruce trabalha bastante para abaixar um pouco as guardas de Diana (e, consequentemente, as duas próprias), tentando vender a ideia de que as margens do heroismo só precisam dele, e que, se ela quiser, a Mulher-Maravilha poder ser uma líder e ter tanto peso no mundo quanto o Superman teve.

Diana, por outro lado, não gosta da ideia. Mesmo tendo sido a sua esperança na humanidade o que a motivou a encarar o mundo dos homens, a Amazona se intimida em ser uma líder, uma vez que “líderes fazem com que as pessoas sejam mortas”, uma responsabilidade que ela prefere não ter. É claro que, mesmo após 100 anos, a morte de Steve Trevor (Chris Pine) ainda mecha bastante com ela, tendo ele sido o seu primeiro (e possivelmente único) amor.

Assim como a personagem foi retratada em Mulher-Maravilha, Gal Gadot continua a disparar o seu charme em tela, se consagrando como uma excelente Diana, graças ao conforto que a atriz tem tela e dentro da personagem. A heroína até ganha alguns momentos para sorrir e ser mais receptiva, algo que não aconteceu em Batman v Superman, sendo responsável por apresentar uma Diana misteriosa e seguindo um estilo mais femme fatale.

É, então, que chegamos em um dos personagens mais esperado para ganhar o seu debut: o Aquaman. Sofrendo de uma reprovação quase que massiva, o personagem era constantemente ridicularizado, raramente sendo levado a sério pelos fãs da Liga da Justiça, principalmente ao seu uniforme e suas habilidades de falar com peixes. Mas o Aquaman de Liga é completamente oposto ao Aquaman habitual, à começar pelo o seu estilo mais voltado para o lumberjack. Arthur Cury, interpretado pelo carismático Jason Momoa, é um cara que adora beber e tem poucas responsabilidades para com o mundo, mesmo que constantemente mostre que tem um coração puro por estar se preocupando com as pessoas de um pequeno vilarejo.

Cury também carrega consigo um cabelão num tom marrom escuro com mechas loiras, tatuagens escamadas pelo corpo todo, uma barba grande e o famoso corte na sobrancelha. Um visual pessoal de Momoa, mas que foi incorporado ao personagem à fim de dar uma roupagem nova ao Aquaman e mostrar ao público que ele não é tão “bananão” assim, mesmo com o seu super-poder de se comunicar com peixes. Uma piada, inclusive, que é levantada duas vezes por Bruce.

A personagem acaba sendo a que mais tem abertura, dentro do filme, para estabelecer um caminho para o seu filme solo, sendo rapidamente seguido por Barry. Liga da Justiça gasta alguns minutos para apresentar o Reino submerso de Atlântida, estabelecendo que o Arthur Curry que vemos no filme antecede àquele que vai se estabelecer, futuramente, como o Rei. A percepção é bastante clara quando o herói se depara com a Caixa Materna sendo roubada pelo vilão Lobo da Estepe (totalmente feito através de computação gráfica, sendo dublado por Ciarán Hinds), tendo o seu heroísmo logo repreendido por Mera (Amber Heard), que dispensa a ajuda de Curry, uma vez que ele se recusa a tomar responsabilidade de Atlantis após a morte de sua mãe biológica, na qual ele nunca conheceu (a Rainha Atlanna, mãe de Arthur, será interpretada, em Aquaman, por Nicole Kidman).

O longa abre o leque do que podemos ver no filme solo do atlantes, com um visual bastante interessante e bem trabalhado, principalmente por ser um filme com atores reais e ter boa parte dele acontecendo debaixo d’água. Ainda que Liga tenha utilizado da fatídica “bolha de ar para conversas”, James Wan, diretor de Aquaman, já garantiu que tal coisa não irá acontecer em seu filme. Porém, o que fica mais na incógnita, para mim, é qual o favor Curry pede para Mera, afim dele ir tentar recuperar a Caixa. Seria o Tridente?

Nessa mesma linha de mudanças, o Superman é também um que sofre positivamente com isso. Se em Homem de Aço e Batman v Superman, Clark parece carregar o peso do mundo em suas costas e tem uma abordagem mais melancólica, o Clark de Liga da Justiça é muito mais leve, ficando mais próximo do canon dos quadrinhos. Aqui, o primeiro momento de retorno à vida do Superman é marcado por uma crise de identidade, que leva o herói a lutar contra os seus amigos. É também uma das sequências mais interessantes do filme inteiro (talvez a melhor), explorando um pouco da ideia que carrega o jogo Injustice, onde o Superman torna-se um tirano e um vilão, aproveitando de seus poderes que lhe dão o famoso título de “deus”.

A cena é marcada por um Clark ressentido de ser trazido de volta à vida, principalmente por aquele que foi o motivo que o levou à morte em primeiro lugar: Bruce Wayne. A sequência também é responsável por dois momentos: o primeiro, é a cena principal em que as pessoas percebem o CGI no bigode de Cavill, causando o desconforto e a deformação no rosto do herói; é também nessa hora que Clark utiliza uma das frases de efeito falados pelo Batman em Batman v Superman, questionando Bruce se ele sangra, antes de simplesmente arremessá-lo para o outro lado quando a “grande arma” Lois Lane (Amy Adams) aparece em cena, implorando à Clark que eles dois possam simplesmente ir embora dali.

Graças a esse click que o Superman ganha seu lado humano de volta, recebendo junto uma leveza inédita dentro do Universo da DC. Agora noivo, Clark já entende de sua responsabilidade como herói e volta a vestir o traje de Super Homem e ajudar os seus amigos a derrotar o Lobo da Estepe, que até aquele momento demonstra uma grande vantagem diante à Liga sem o herói.

Para mim, é interessante analisar algo: embora a personagem de Henry seja a mais importante e poderosa da DC, não é ele o responsável total pela destruição do Lobo, principalmente quando não houve, de fato, uma destruição. Sim, sem dúvidas o Super é uma peça fundamental para a suposta derrota do vilão, mas ele só chega na batalha para lançar o golpe que será responsável pelo golpe final, que fica a cargo de Diana. Com a Matadora de Deuses (que, inclusive, é uma pergunta entre os fãs em como ela consegue a espada de volta, uma vez que ela é destruída em seu filme solo), ela destrói o cajado do Lobo, que parece ser todo o centro de seu poder. Assim, o vilão perde o seu status e é atacado por uma horda de Parademônios, fazendo-o retrair de volta à nave/planeta/buraco negro de onde veio, deixando no ar se ele, de fato, morreu ou não (o que, na minha opinião, é facilmente um “não”).

É interessante pensar também que ao longo da película, o filme, em momento algum, estabelece aquela “reunião” de super-heróis como A Liga. Para efeito de conversa, é apenas um encontro ocasional entre três meta-humanos, uma deusa, um kryptoniano e um humano. Na mesma linha seguem os títulos de heróis e até mesmo os nomes dos alter-egos para alguns deles. Barry nunca é chamado de Flash, assim como Victor nunca é chamado de Ciborgue. E, se me recordo bem, Diana nunca é chamada de Mulher-Maravilha (mas, nesse caso, posso estar errado). O único vislumbre que temos de que aquelas seis pessoas irão, em algum ponto, se tornar a Liga da Justiça da América é quando Bruce e Alfred (Jeremy Irons) retornam à Mansão Wayne e, juntos à Diana, estabelecem que ali será o quartel general da equipe, com uma mesa redonda no centro “com espaço para mais [gente]”, dando à entender que o local será utilizado como os primórdios (ou até mesmo como O) do Hall da Justiça.

Ainda que o filme possa sim ser inconstante ao longo de suas duas horas de duração, ele dificilmente é tão ruim quanto a crítica especializada norte-americana vem apontando, principalmente com personagens tão bem trabalhados pelos seus respectivos atores. É fato que o longa não é nenhuma Mulher-Maravilha, mas também não é nenhum Batman v Superman. É uma espécie de meio-termo entre os dois, colocando, a meu ver, um crédito positivo no Universo da DC.

 — Saiba tudo sobre o #ReleaseTheSnyderCut 

 

Easter Eggs

Como todo filme de super herói, Liga da Justiça está recheado de easter eggs com referências e homenagens ao universo DC Comics dos quadrinhos, do cinema e de outras franquias da cultura pop. Aqui vai uma lista com alguns destes.

EE #1 // Em dado momento do longa, vemos a manchete do Metropolis PostSerá que eles retornaram aos seus planetas?” e com um destaque das fotos do Super-Homem e dos cantores David Bowie e Prince. Este momento, provavelmente, é uma homenagem aos artistas que faleceram em 2017. Ainda, a música Heroes, de Bowie, compõe a trilha sonora do filme, enquanto Prince participou das composições originais do primeiro filme do Batman, em 1989.

EE #2 // Na primeira cena de recrutamento, quando Batman vai atrás do Aquaman, fácil perceber o easter-egg, como alívio cômico. Nesta ocasião, Bruce Wayne faz uma piada à Arthur Curry, dizendo que ele “ouviu falar que ele [Aquaman] consegue falar com peixes”. Esse diálogo faz referência ao desenho animado do Aquaman que foi ao ar na televisão no fim dos anos 70.

EE #3 // Em uma cena de diálogo entre Bruce e Alfred, o mordomo brinca que as dificuldades encontradas pela dupla estão fora do padrão do que estão acostumados, como quando suas “maiores preocupações eram pinguins com explosivos“. Essa frase faz referência não só ao vilão Pinguim, mas também ao filme Batman: O Retorno.

https://www.youtube.com/watch?v=zYiKA-mQ0e8

EE #4 // Na cena em que o Batman tenta recrutar o Flash para se juntar a Liga, vemos Barry Allen negar ser o Flash. Quando está enunciando suas habilidades, o personagem diz que uma delas é “ter conhecimento das linguagens de sinais para gorilas“. Essa frase, remete ao vilão Gorila Grodd, um dos principais e consagrados antagonistas do velocista escarlate.

EE #5 // Em uma cena de flashback que explica o passado do vilão Lobo da Estepe, vemos uma enorme batalha pela salvação do planeta terra. Nessa batalha, além da aparição dos deuses do Olimpo, personagens ligados à origem da Mulher-Maravilha, vemos um Lanterna Verde ser assassinado durante a luta. Apesar de ser um pequeno vislumbre, o easter egg é muito animador para os fãs do personagem que aguardam por um reboot desde o longa-metragem estrelado por Ryan Reynolds.

EE #6 // O retorno de Clark por sí só já é um baita easter egg. O icônico momento é uma referência ao arco conhecido como A Morte e o Retorno do Superman, da HQ “A Morte do Superman”, que em 2017 completa 25 anos. E ainda que Clark não tenha usando o famoso uniforme preto dos quadrinhos, o herói volta com uma breve amnésia, tornando-o o tirano super-poderoso que muitos temiam acontecer, lembrando um pouco o plot do jogo Injustice: Gods Among Us.

 

EE #7 // Ao final do longa, vemos Bruce, Alfred e Diana discutindo a respeito das reformas que precisarão ser feitas na Mansão Wayne para transforma-la em nada mais do que a Sala da Justiça, consagrado quartel general da equipe.

EE #8 // Na primeira cena pós créditos, vemos o Superman e o Flash se preparando para apostar uma corrida, afim de determinar qual deles é o “homem mais rápido do mundo”. O momento é um easter egg para os quadrinhos, onde Clark e Barry já apostaram corrida diversas vezes.

 

EE #9 // Na cena segunda cena pós créditos, o público se depara com a aparição do Exterminador, interpretado por Joe Manganiello, além do retorno de Lex Luthor, vivido por Jesse Eisenberg. Além de os próprios personagens estarem na cena já funcionar como um easter egg, Luthor está vestindo o mesmo terno que Gene Hackman vestiu quando interpretou o vilão no longa do Superman protagonizado por Christopher Reeve. Lex ainda sugere a criação de uma equipe de super-vilões, referência à Legião do Mal.

Em seu Instagram, Joe Manganiello publicou a primeira imagem oficial do Exterminador do Universo da DC

 

O Futuro

Agora, resta esperar pelos próximos capítulos da novela, que ano que vem já conta com o filme solo do Aquaman (Jason Momoa), além do início de produção do filme solo do Flash (Ezra Miller), que deve ficar pra 2020. Um filme para Ciborgue (Ray Fisher) e um para a Tropa dos Lanterna Verdes também estão no plano, mas apenas Lanterna contava com um previsão de lançamento para 2020, estando agora mais próximo da incógnita.

Batman também já tem confirmado o seu filme solo, que já está pré-estabelecido como uma trilogia. A direção fica a  cargo de Matt Reeves (Planeta dos Macacos: A Guerra), e tem o retorno de Ben Affleck um tanto “incerto”, assim como o de Joe Manganiello como o vilão Exterminador. J.K. Simmons permanece confirmado como o Comissário Gordon, e até mesmo já foi introduzido no universo.

Mulher-Maravilha já teve a sua sequência garantida, com o retorno de Patty Jenkins na direção e Gal Gadot na personagem-título. Em conversas preliminares à imprensa, Patty já contou que a sua ideia é levar Diana aos Estados Unidos e até mesmo mostrar o icônico Jato Invisível. Quanto à cronologia, o filme deve se passar durante a Guerra Fria. Mulher-Maravilha 2 (ainda sem título oficial) estreia marcada para 13 de dezembro de 2019.

Por último, Clark também está nos planos para ganhar um novo filme. Uma sequência para Homem de Aço já foi confirmada, mas ainda está em um estágio muito inicial de conversas, e deve demorar para sair. Entre os rumores estão a presença de Matthew Vaughn (Kingsman: O Serviço Secreto) como o diretor. Enquanto isso, rumores indicam que Zack Snyder não deve mais retornar à DC/Warner.

Ao mesmo tempo, uma coisa é certa: a DC já anunciou que seus filmes não serão tão conectados, funcionando de forma mais soltas. Além disso, o Universo terá uma franquia secundária, com filmes solos de outros personagens, como o do Coringa jovem (sem Jared Leto), o Sereias de Gotham (reunindo Harley Quinn, Hera Venenosa e Mulher-Gato), um da relação do Coringa com a Harley, um solo da Harley e até mesmo um do Exterminador.

 — Saiba tudo sobre o #ReleaseTheSnyderCut 


Mesmo o Universo da DC estando um tanto sombrio em sua cronologia e a ligação entre películas, uma coisa é certa: esse não é o fim da Liga.


Compartilhe

Twitter
Facebook
WhatsApp
Telegram
LinkedIn
Pocket
relacionados

outras matérias da revista

Back To Top