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Com o lançamento brasileiro da HBO Max, resolvemos fazer uma lista de indicação com produções novas e velhas da plataforma.

Com o lançamento brasileiro da HBO Max, resolvemos fazer uma lista de indicação com produções novas e velhas da plataforma.


Se já estava difícil escolher entre tantos serviços de streaming, a chegada da HBO Max, em 29 de junho, deixou o cenário ainda mais complexo. Pertencente ao grupo Warner Media, a plataforma oferece os originais Friends: The Reunion e Liga da Justiça de Zack Snyder, além dos já conhecidos títulos de franquias como Matrix, Senhor dos Anéis, Harry Potter e Batman. Aqueles que já assinavam a HBO podem respirar aliviados: ao menos por enquanto, não é preciso fazer uma nova assinatura para o serviço Max.

Nesta matéria, focada nas séries televisivas, indicamos alguns destaques do streaming (pra além das já conhecidíssimas/todo-mundo-já-ouviu-falar Friends e Game of Thrones). Separamos algumas produções novas da plataforma e também outras que já estavam disponíveis no antigo serviço, o Go – afinal de contas, a HBO nunca foi feita apenas de GOT. Para além das citadas por aqui, vale destacar títulos como Insecure, I May Destroy You, Sharp Objects, Big Little Lies, Mare of Easttown e as já clássicas Sex and the City e Girls. Sim, a Max tem um monte de série protagonizada por mulheres fodas (amém).

 

AS NOVIDADES

The FLIGHT ATTENDANT

Extremamente viciante, a produção da HBO Max protagonizada e produzida por Kaley Cuoco é centrada na comissária de bordo Cassey, que um dia acorda de ressaca num quarto de hotel em Dubai, com um cadáver ao seu lado. Diversos indícios apontam que ela poderia ter sido a assassina e, por essa razão, a comissária precisa descobrir quem de fato tinha motivo para cometer o crime.

Além de ter uma estética bastante lúdica, que remete ao visual de história em quadrinhos, a série transita brilhantemente entre comédia e suspense. O equilíbrio é realmente excelente: a produção não cai em muitos clichês do gênero “quem matou” e também está longe de ser uma comédia superficial. Há diálogos bastante profundos e uma verdadeira investigação de como funciona a memória – e como essa pode ser extremamente seletiva.

 

IT’S A SIN

Ambientada em 1981, a minissérie acompanha um grupo de amigos que passa a morar em Londres. A trajetória de todos eles é brutalmente interrompida por uma epidemia: a de HIV, que assolou o mundo a partir dos anos 80 (e até hoje segue sendo um significativo problema).

É realmente desolador acompanhar as consequências dessa doença, que na época era uma sentença de morte, na vida dos nossos protagonistas. Para além do problema sanitário, é também triste perceber que a AIDS vem acompanhada de uma série de estigmas e preconceitos, alguns presentes inclusive nos dias de hoje, que apenas dificultam a prevenção e o tratamento da doença.

Os últimos dois episódios crescem bastante e apresentam cenas primorosas, com atuações que definitivamente são dignas de prêmios. A construção dos personagens é de fato impressionante, pois com pouco tempo de tela já conseguimos entender bem a personalidade e as motivações de cada um deles. De uma maneira inventiva, a produção escancara ainda a importância de se falar sobre HIV e lutar contra a desinformação, já que a vergonha mata.

 

VENENO

Baseada na bibliografia ¡Digo! Ni puta ni santa, a série limitada Veneno é outro destaque da HBO Max. A produção espanhola conta a história de um dos maiores ícones LGBTQIAP+ da Espanha, a transexual La Veneno.

Composta por oito episódios, a produção é ao mesmo tempo emocionante e divertida. É excelente que Veneno consiga apontar diferenças entre algumas gerações de transexuais sem, no entanto, fazer juízo de valor. Outro mérito importante é o fato de que a série não se esquiva de temas como transfobia, hiperssexualização e estereótipos de gênero. Ao sermos testemunhas do períodos de ascenção e decadência da diva LGBTQIAP+, nos damos conta das dificuldades que Cristina Ortiz passou ao se assumir para sua família e também nos momentos em foi descartada pela mídia, tratada somente como um objeto.

 

HACKS

Em Hacks, acompanhamos a dinâmica entre duas comediantes, a iniciante Ava e a lendária Deborah Vence. No entanto, uma não podia ser mais diferente da outra: a primeira é uma garota de cidade grande que usa ecobag do Bernie Sanders, enquanto a segunda vive isolada no luxo e não tem muita paciência com as gerações mais novas.

É extremamente recompensador acompanhar o cómica desenrolar dessa relação, já que ao longo dos episódios as duas começam a encontrar (alguns) pontos em comum. Além do mais, para os fãs de Watchmen e Mare of Easttown (como esta que vos escreve), sempre vale a pena passar tempo de tela com Jean Smart.

 

AN “OLDIE” BUT A GOLDIE

Por aqui, a intenção é falar de preciosidades (algumas mais conhecidas do que outras) que já estavam no catálogo da HBO Go.

SUCCESSION

Uma das séries mais premiadas do últimos Emmy, Succession talvez não tenha o reconhecimento que merece aqui no Brasil. A produção presente na HBO Max, que gira em torno dos Roy, uma família riquíssima e extremamente problemática, dosa muito bem os elementos de drama e humor. Os personagens são complexos, longe de serem perfeitos – no entanto, muitas vezes nos pegamos torcemos por alguns deles. Se a primeira temporada já é bastante eficiente em contar boas histórias, a segunda faz isso com ainda mais louvor. O que nos resta é torcer para que a terceira entregue mais momentos maravilhosos (com essa equipe excelente, tudo indica que será o caso).

 

RUN

Chamar Run de “oldie” é quase sacanagem, considerando que a minisérie foi lançada em 2020. No entanto, ela se enquadra aqui simplesmente por não ser um lançamento.

Criada por Vicky Jones e Phoebe Waller-Bridge, a produção é protagonizada por Ruby (Merritt Wever), uma mulher que tem uma vida monótona, com marido e filhos, e larga tudo quando recebe a seguinte mensagem: “Run”. A minissérie, que é um misto de suspense e comédia, apresenta sequencias incrivelmente bem construídas e boas reviravoltas, que nos deixam conectados com a trama.

 

THE THIRD DAY

Nessa série, que também não foi tão comentada no Brasil, acompanhamos Sam (Jude Law) um homem que se muda para uma misteriosa ilha na costa britânica, onde todos os moradores parecem esconder algo. A primeira temporada é composta por pouquíssimos episódios, que provavelmente vão prender a sua atenção e deixar um gosto de “quero mais”. A série exala mistério e tem uma atmosfera sombria muito bem construída. Mega destaque para as atuações, não apenas de Law, mas também (e principalmente) de Naomie Harris, que brilha como uma das protagonistas. Para além do mistério, há reflexões importantes sobre o processo de luto e as raízes da fé.

 

BEFOREIGNERS – OS VISITANTES

“Viajantes do tempo provenientes da Idade da Pedra, da era Viking e do século XIX aparecem misteriosamente em Oslo, Noruega”. A partir dessa premissa bizarra, é claro que só poderíamos ter uma série ainda mais bizarra. O que de maneira alguma é um demérito: a inventividade de Beforeigners é com certeza um dos pontos fortes  da série, que também é bastante irônica e apresenta excelentes diálogos. Além do mais, é sempre interessante sair um pouco das típicas lógicas/paisagens estadunidenses e se aventurar em paisagens (e épocas) não tão conhecidas.

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