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Uri Doramas / “Está tudo bem, isso é amor” (2014)

Certamente esse drama não é uma sessão de terapia e não vai resolver nenhum problema relacionado a saúde mental, mas passa uma mensagem interessante e profunda sobre o tema. Está tudo bem, isso é amor é uma história de amor e demonstra de forma única e responsável como é lidar e viver com certos conflitos internos, sem romantizar.

Uma médica psiquiatra, Ji Hae-Soo (Gong Hyo-Jin), conhece Jang Jae-Yeol (Jo In-Sung), um escritor de romances bastante popular e amado e o primeiro contato dos dois não é nada agradável, levando a entender que nunca cruzarão o caminho do outro novamente, porém não é o que acontece. Mesmo quando eles se aproximam e passam a se envolver, o romance é um tanto ácido por inúmeros motivos.

https://www.youtube.com/watch?v=XvEkY8mJ9cs

O ponto principal desse drama é o elenco composto por personagens pouco cativantes – talvez por serem comuns demais e não apresentarem características amáveis, como geralmente são retratados em outros dramas. Esse vence tal estereótipo, trazendo personalidades humanas, e por todos estarem em conflito com alguma situação, apresentam temperamentos ásperos, ou humor cheio de sarcasmo. Isso faz a trama viciante, mesmo que seja bem cotidiano e desenvolva em slow burn.

Cada um desses personagens apresenta um conflito, a incrível doutora Ji Hae-Soo é dedicada e faz de tudo pelos seus pacientes, porém não sabe lidar com seus traumas que a impedem de se relacionar amorosamente. Essa característica se estende bem pelo drama e seu desenvolvimento com o Jang Jae-Yeol, causando aflição e uma certa impaciência por parte do expectador pela busca da resolução desses conflitos.

Jang Jae-Yeol não escapa, mesmo que desde o início seja introduzido com traumas de infância, ele parece saber lidar com eles, ou melhor, ter se acostumado, mas não é bem assim. A melhor parte de seu desenvolvimento é seu zelo pelo personagem Han Kang-Soo, (D.O., do EXO) um aspirante a escritor que tem Jang Jae como maior inspiração. A relação dos dois é mutuamente especial, e Kang-Soo é um personagem misterioso, mesmo com poucas aparições, é impossível não o manter em mente, sua evolução é surpreendente.

Além da protagonista e seu par, os secundários também carregam a essência de Está tudo bem, isso é amor, principalmente porque os problemas que cada um enfrenta é discutido e normalizado abertamente, sempre em busca de progresso. O companheirismo que cada personagem oferece para o outro é encantador, mesmo que grande parte do tempo eles se enfrentem e se questionem, torna a trama ainda mais humana.

O que mais me prendeu nesse drama é como a história vai se desvendando, e em momento nenhum suspeitei de que algumas daquelas coisas iriam acontecer. Com o decorrer da história, o expectador acaba desenvolvendo empatia e se envolve com a história, a ponto de se frustrar por ter acreditado por tantos episódios que algumas coisas estavam certas.

Está tudo bem, isso é amor é um clássico entre os doramas e não deve ser levado como um confort content, pois não é descontraído e muito pouco humorado, talvez seja até um pouco emocionante. E vale ressaltar que para mim, é o que tem a melhor trilha sonora de todos que já assisti. E o melhor de sua essência é que não tem final feliz, não tem final triste, mas um final palpável, com a expectativa de que tudo pode ficar bem, porque afinal, é amor.

Indicação de OST (Original Soundtrack): Best Luck – Chen

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