Na coluna de hoje vamos falar de um musical extremamente popular que está há mais de 15 anos na Broadway, ganhou diversos prêmios (Tony Awards, Drama Desk Awards e Grammy Awards) e que teve até uma versão adaptada e estrelada aqui no Brasil. Isso mesmo, nós vamos falar de Wicked: A História Não Contada das Bruxas de Oz.
Produzido por Marc Platt e David Stone junto da Universal Pictures, com direção de Joe Mantello e coreografia de Wayne Cilento, Wicked: A História Não Contada das Bruxas de Oz fez sua estreia oficial na Broadway em outubro de 2003, apresentando-se no Gershwin Theater. Nessa época, o elenco era composto por Idina Menzel, Kristin Chenoweth, Norbert Leo Butz, Joel Grey, Carole Shelley, Michelle Federer, William Youmans, Christopher Fitzgerald.

Desde o momento que Wicked tomou os palcos, ficou claro que o musical estava se tornando um verdadeiro sucesso, o que justifica a longevidade do espetáculo até os dias atuais. No seu décimo aniversário (celebrado em 2013) o show já tinha realizado um total de 4.269 apresentações, bateu alguns recordes (no Natal de 2013, Wicked se tornou o único musical da Broadway a contabilizar R$ 3 milhões em uma única semana) e a história ganhou outras produções ao redor do mundo, incluindo uma versão de Wicked aqui no Brasil e que ficou em cartaz em São Paulo de março a dezembro de 2016.
A HISTÓRIA
O enredo de Wicked foi baseado no livro escrito por Gregory Maguire e publicado em 1995: Wicked – The Life and Times of the Wicked Witch of the West, que tem o objetivo de reimaginar o universo de Oz criado por L. Frank Baum através de seus romances e que ficou eternizado com o filme O Mágico de Oz (1939). Dessa forma, o musical vai contar a história das bruxas de Oz, além de apresentar referências ao livro escrito por Maguire, ao romance de L. Frank Baum e do filme lançado em 1939.
https://www.youtube.com/watch?v=R4rpG-dipYA
Dividido em dois atos e contendo um total de 21 músicas, Wicked: A História Não Contada das Bruxas de Oz vai contar a história de Elphaba Thropp (Idina Menzel), popularmente conhecida como a Bruxa Má do Oeste, e Glinda, a Bruxa Boa do Sul (Kristin Chenoweth). Sendo assim, o público tem a oportunidade de conhecer o passado dessas bruxas, de como elas se tornaram amigas e o que aconteceu para elas se afastarem.
A música que abre o musical é No One Mourns the Wicked, que começa com os cidadãos de Oz celebrando a morte da Bruxa Malvada do Oeste, que a inimiga de Oz finalmente foi derrotada. É diante desse cenário que Glinda aparece para confirmar os boatos, de que Elphaba realmente estava morta. A partir daí, a Bruxa Boa do Sul faz questão de contar para os cidadãos de Oz sobre a vida de Elphaba, do preconceito que ela sofreu por ter nascido com a pele verde (sendo “renegada” até mesmo por sua família, que tinha dificuldade de aceitar sua condição), torcendo para que os ozianos desenvolvessem um pouco de empatia por ela. E o restante da trama vai narrar os acontecimentos em flashback da vida de Elphaba e Glinda, mostrando a relação delas ao longo dos anos.
Em qualquer tipo de adaptação sempre vai existir diferenças entre a obra original e a adaptada, e isso não poderia ser diferente com o livro de Gregory Maguire e o musical da Broadway. Enquanto o livro publicado em 1995 tem como foco a vida de Elphaba, contando em detalhes sobre o passado da Bruxa Má do Oeste e de sua dura infância devido sua condição, além de apresentar um teor bastante político, o enfoque o musical é na relação entre Elphaba e Glinda.
Mas apesar das diferenças entre o livro e o musical, não podemos negar que Wicked é um musical visualmente impressionante e que conta uma história envolvente e emocionante, que vem encantando milhares de pessoas há mais de 15 anos. E caso você tenha interesse em conhecer um pouco mais sobre Wicked: A História Não Contada das Bruxas de Oz, a trilha sonora com o elenco original da Broadway está disponível no Spotify.